Rio de Janeiro, 9 dez (EFE).- O Brasil registrou em novembro uma
inflação de 0,41%, acima da registrada no mesmo mês do ano passado
(0,36%) e a maior dos últimos seis meses, informou hoje o IBGE.
O índice de preços ao consumidor, que vem subindo gradualmente
desde agosto, não era tão alto desde maio, quando chegou a 0,47%, e
foi muito superior ao de outubro deste ano (0,28%), segundo o órgão
oficial.
Apesar do aumento, a inflação acumulada no Brasil entre janeiro e
novembro foi de 3,93%, quase dois pontos abaixo da registrada nos 11
primeiros meses de 2008 (5,61%).
Em termos anualizados, a taxa subiu para 4,22%, ficando mais de
dois pontos abaixo dos 6,39% medidos entre dezembro de 2007 e
novembro de 2008.
No nível em que se encontram, os índices são totalmente
compatíveis com a meta estabelecida pelo Governo, que espera que
2009 termine com uma inflação de 4,5%.
A previsão dos economistas consultados na semana passada pelo
Banco Central é que o Brasil chegará ao fim do ano com uma inflação
de 4,26%, abaixo da de 2008 (5,9%) e a menor desde 2006, que foi de
3,14%.
Segundo o IBGE, o crescimento da inflação em novembro foi
causado, principalmente, pelo aumento dos preços dos alimentos
(+0,58%), que tinham caído durante quatro meses consecutivos e, em
outubro, recuaram 0,09%.
Produtos como a batata, cujo preço havia caído 3,33% no décimo
mês do ano, tiveram reajustes consideráveis em novembro (26,6%).
O índice também sentiu a pressão da alta dos preços dos
combustíveis, que cresceram 1,12% em outubro.
O preço do litro do álcool combustível, que tinha sofrido um
reajuste de 10,61% em outubro, voltou a subir em novembro (4,61%),
ao passo que o valor da gasolina subiu 0,85% em novembro, após o
aumento de 1,06% no mês anterior.
A inflação de novembro confirmou a expectativa dos economistas de
que, após a queda no primeiro semestre, causada pela crise mundial,
os preços começam a subir ao ritmo anterior ao colapso da economia.
Os economistas também preveem que o possível aumento da inflação
obrigará o Banco Central a interromper no ano que vem a redução
gradual das taxas de juros. EFE