Madri, 16 mai (EFE).- O presidente da Telefónica, César Alierta,
disse hoje que sua companhia acumula um investimento próximo aos 100
bilhões de euros na América Latina de forma direta e indireta.
Durante seu discurso na III Cúpula Empresarial União
Europeia-América Latina e Caribe, o presidente do multinacional de
telecomunicações assegurou que as companhias que apostaram na
América Latina tiveram sucesso, tanto pelos resultados obtidos como
pelo dinamismo introduzido em sua atividade.
"Este foi, sem dúvida, o caso da Telefónica", disse Alierta, que
ressaltou que as sinergias existentes entre América Latina e Europa
são "uma significativa alavanca para crescer de maneira
sustentável".
"A América Latina nos importa muitíssimo", acrescentou Alierta,
que mostrou sua confiança de que a Cúpula "servirá para impulsionar
iniciativas que aproveitem as grandes oportunidades de
desenvolvimento que temos em comum", em um momento "crucial para
impulsionar as relações entre as duas regiões".
Ele lembrou que Telefónica passou duas décadas antecipando "o
enorme potencial da América Latina no campo da inovação" e assegurou
que os próprios investidores da Telefónica encorajam à companhia "a
seguir investindo cada vez mais na região".
Por outro lado, disse que a América Latina ganhou o direito de
ocupar um novo lugar no mundo, como o demonstra o fato de estar
liderando junto à Ásia a recuperação econômica.
Desde a sua experiência com a China Unicom, com a qual mantém uma
aliança estratégica, a Telefónica constata o crescente interesse
recíproco da China pela América Latina e disse ver em sua
triangulação junto à Europa "um fator crescente de desenvolvimento e
prosperidade" da qual todos se beneficiarão.
"O mundo está atravessando uma fase econômica complexa", disse
Alierta, que considerou que neste momento a Europa deve intensificar
suas relações com a América Latina e ter um papel importante na
região.
Destacou que, dentro das iniciativas de relação entre regiões
mais interessantes, figuram os programas impulsionados pelos
próprios Governos que criaram instituições, ministérios e agências
dedicadas à inovação, um impulso que é "bem-vindo em uma região onde
o financiamento já não é um gargalo". EFE