São Paulo, 27 ago (EFE).- O ex-jogador de futebol Sócrates, que ganhou alta neste sábado, revelou que a gravidade da doença o surpreendeu e que chegou a ter medo de morrer.
"Cheguei a ficar com medo de morrer, mas antes passei por situações talvez mais próximas da morte. Este caso específico foi meio surpreendente, porque fazia três meses que não consumia álcool", declarou o ex-atleta ao jornal "Folha de S. Paulo".
Acompanhado por sua família, Sócrates declarou brevemente a jornalistas que o esperavam na saída do hospital que, após superar essa fase da doença, iniciava "uma nova vida".
"Estou muito aliviado por deixar o hospital e ainda mais com este belo sol. Ninguém programa muito sua própria vida", ressaltou.
Sócrates descartou a possibilidade de passar por um transplante de fígado.
"Meu fígado tem alguns problemas, mas ele funciona bem. Boa parte dele funciona bem. Vou parar de beber e meu fígado vai melhorar. Acho que não vou fazer um transplante, acho que não vou precisar", declarou.
O eterno ídolo do Corinthians, que tinha admitido recentemente seu desejo de dirigir a seleção cubana de futebol, anunciou que após receber alta médica passará a integrar a equipe do hospital dedicado aos transplantes de fígado.
"Vou trabalhar como médico. Quando brinquei que estava no hospital para conseguir trabalho, eu consegui (risos). Vou trabalhar com a equipe de transplantes. Comecei a estudar o campo hepático e trabalharei principalmente na parte política com a divulgação de informação e a importância de ter doadores", apontou. EFE