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Copom reduz taxa básica de juros a 9% ao ano, corte de 0,75 ponto percentual

Publicado 18.04.2012, 20:55

Brasília, 18 abr (EFE).- O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil decidiu nesta quarta-feira por novo corte de 0,75 ponto percentual da taxa básica de juros, que foi fixada em 9% ao ano, o sexto corte desde a chegada ao poder da presidente Dilma Rousseff em janeiro de 2011.

Por unanimidade, o Copom optou em sua reunião - que acontece a cada 40 dias - diminuir a taxa básica (Selic), o indicador de referência das taxas de juros no país.

"O Copom considera que, neste momento, permanecem limitados os riscos para a trajetória da inflação e o comitê observa que até agora, dada a fragilidade da economia global, a contribuição do setor externo foi deflacionária", assinalou o organismo emissor em comunicado.

O corte é igual ao de março e situa a taxa básica próxima de seu valor histórico mínimo de julho de 2009, quando os juros chegaram a 8,75% anual. A decisão se manteve dentro das expectativas do mercado.

Na opinião de Paulo Skaf, presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), a redução deve ser sentida pela população pelo meio de ofertas de financiamentos "mais baratas" nos bancos.

"O Banco Central vem reduzindo os juros há seis meses e, nesse contexto, os bancos devem baixar a taxa de juros as para pessoas físicas e jurídicas, pois é necessário estimular o crédito para sustentar o crescimento econômico e a geração de empregos no Brasil", apontou Skaf.

As centrais operárias se pronunciaram contra a taxa, que ainda é percebida como alta por parte dos trabalhadores.

A Força Sindical avaliou a redução como "extremamente tímida e a conta gotas".

"É conveniente destacar que as taxas altas sangram o país e obstruem o desenvolvimento, pois o pagamento de juros, por parte do Governo, restringe consideravelmente as possibilidades de crescimento do país, assim como os investimentos em educação, saúde e infraestrutura, entre outros", ressaltou a central em comunicado. EFE

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