Investing.com - O dólar norte-americano encerrou a semana ficando em baixa em relação às principais moedas mundiais na sexta-feira, uma vez que dados otimistas sobre o sentimento do consumidor norte-americano não conseguiram dissipar as preocupações com as perspectivas para uma recuperação econômica mais ampla.
A leitura final do índice do sentimento do consumidor da Universidade de Michigan subiu para 82,5 este mês de 81,9 em maio, em comparação com as expectativas de 82,2.
O relatório não ajudou muito a alterar as expectativas de que o Banco Central dos EUA (Fed) manterá a taxa de juros inalterada por um período maior de tempo após dados, divulgados no início da semana, terem mostrado que o crescimento norte-americano no primeiro trimestre foi revisto para uma baixa forte.
O dólar norte-americano enfraqueceu em relação às principais moedas após o Departamento do Comércio dos EUA ter dito na quarta-feira que o produto interno bruto (PIB) dos EUA contraiu a uma taxa anual de 2,9% nos primeiros três meses do ano, em comparação com a projeção de uma queda de 1,7%.
O PIB norte-americano do primeiro trimestre foi inicialmente projetado para um aumento de 0,1%, mas subsequentemente revisto para mostrar uma contração de 1,0%.
O dólar norte-americano ficou sob mais pressão após os dados de quinta terem mostrado que o índice de preços ao consumidor dos EUA subiu apenas 0,2% em maio, abaixo das projeções de uma baixa de 0,4%.
O índice do dólar, que acompanha o desempenho do dólar norte-americano em comparação com a cesta das seis principais moedas, ficou estável em 80,08 na tarde de sexta-feira, caindo 0,23%.
EUR/USD encerrou a sessão de sexta-feira em 1,3649, subindo 0,28%. Na semana, o par subiu 0,43%. USD/JPY caiu 0,30%, para 101,41 na tarde de sexta, ampliando as perdas da semana para 0,66%.
O iene foi impulsionado após dados mais fortes do que o previsto sobre as vendas no varejo japonês para maio terem reduzido as expectativas de mais flexibilização monetária por parte do Banco do Japão.
O euro ficou estável em relação ao iene na tarde de sexta-feira, com EUR/JPY em 138,45, e encerrou a semana em baixa de 0,22%.
A libra esterlina permaneceu apoiada acima do nível de 1,70 em relação ao dólar norte-americano na sexta-feira, após dados terem confirmado que a economia britânica expandiu 0,8% nos primeiros três meses de 2014. A taxa anual de crescimento foi revista para 3,0% de 3,1%.
GBP/USD encerrou a sessão de sexta-feira em 1,7036, acima de 1,7024 na tarde de quinta-feira.
Na sexta-feira, o dólar canadense atingiu altas de quase seis meses em relação ao dólar norte-americano, aumentando os ganhos nas últimas sessões, após dados fortes de inflação divulgados no início deste mês terem reduzidos as preocupações com perspectivas moderadas de inflação.
USD/CAD ficou em 1,0662, o nível mais baixo desde 7 de janeiro. Na semana, o par perdeu 0,85%.
Nesta semana, os investidores estarão aguardando o relatório de quinta-feira do indicador NFP (nonfarm payrolls) dos EUA em busca de indicações sobre a força do mercado de trabalho, ao passo que o relatório de segunda-feira sobre a inflação na zona do euro também deve ficar em foco, antes da reunião de política do Banco Central Europeu (BCE) e coletiva de imprensa de quinta-feira.
Antecipando-se à próxima semana, a Investing.com compilou uma lista desses e de outros eventos significativos que podem afetar os mercados.
Segunda-feira, 30 de junho
A Nova Zelândia deve produzir dados do setor privado sobre a confiança no ambiente de negócios e alvarás de construção.
O Japão deve divulgar dados preliminares sobre a produção industrial.
A zona do euro deve produzir dados preliminares sobre o índice de preços ao consumidor, que representa a maior parcela da inflação geral da região. Enquanto isso, a Alemanha deve publicar dados sobre as vendas no varejo, o indicador do governo para os gastos dos consumidores, que representa a maior parcela da atividade econômica geral do país.
O Reino Unido deve publicar dados oficiais sobre o financiamento líquido a pessoas físicas.
O Canadá deve publicar o relatório mensal sobre o produto interno bruto (PIB), a medida mais importante da atividade econômica e um indicador-chave do crescimento econômico.
Os EUA devem divulgar dados sobre a atividade manufatureira na região de Chicago e um relatório sobre as vendas pendentes de imóveis residenciais.
Terça-feira, 1 de julho
O Japão deve publicar seu índice Tankan de manufaturados e não manufaturados, assim como dados sobre a média salarial.
A China deve publicar dados oficiais sobre a atividade manufatureira, assim como a leitura final do índice de manufatura HSBC.
O Banco da Reserva da Austrália deve anunciar sua taxa básica de juros e publicar sua declaração de taxa, que delineia as condições econômicas e os fatores que afetam a decisão de política monetária.
A zona do euro deve divulgar dados sobre a taxa de desemprego. A Alemanha deve divulgar dados sobre a alteração na quantidade de pessoas desempregadas, ao passo que Espanha e Itália devem divulgar relatórios sobre a atividade manufatureira.
A Suíça deve divulgar seu índice manufatureiro SVME.
Os mercados no Canadá permanecerão fechados em virtude do feriado Dia do Canadá.
No final do dia, o Instituto de Gestão de Abastecimento (ISM) deve divulgar um relatório sobre a atividade manufatureira nos EUA.
Quarta-feira, 2 de julho
A Austrália deve divulgar dados sobre a balança comercial, a diferença de valor entre importações e exportações.
O Reino Unido deve produzir dados do setor privado sobre a inflação dos preços de imóveis residenciais, assim como dados oficiais sobre a atividade de construção.
Na zona do euro, a Espanha deve divulgar dados sobre a mudança na quantidade de pessoas desempregadas.
Os EUA devem divulgar o relatório ADP sobre a geração de empregos no setor privado, que antecede o relatório do indicador NFP (nonfarm payrolls) do governo em dois dias. Os EUA também devem publicar dados sobre os pedidos às fábricas.
Na quarta-feira, a presidente do Fed, Janet Yellen, deve se pronunciar em um evento em Washington. Seus comentários serão atentamente observados.
Quinta-feira, 3 de julho
A Austrália deve publicar dados sobre os alvarás de construção e vendas no varejo. O presidente do Banco da Reserva da Austrália, Glen Stevens, deve falar se pronunciar em um evento em Hobart.
A China deve divulgar dados oficiais sobre a atividade do setor de serviços e o relatório HSBC sobre o crescimento no setor de serviços.
A zona do euro deve divulgar dados sobre as vendas no varejo, ao passo que Espanha e Itália devem publicar dados sobre a atividade do setor de serviços. O BCE deve anunciar a sua taxa básica de juros. O anúncio deve ser seguido por uma coletiva de imprensa com o presidente do banco, Mario Draghi.
O Reino Unido também deve divulgar dados sobre a expansão no setor de serviços.
EUA e Canadá devem publicar dados sobre a balança comercial, e os EUA devem publicar o relatório semanal sobre os pedidos novos de seguro desemprego. Os EUA também devem publicar os atentamente observados dados sobre o indicador NFP (nonfarm payrolls) e a taxa de desemprego, um dia antes do programado, antes do feriado do Dia da Independência no país.
Enquanto isso, o ISM deve publicar um relatório sobre a atividade do setor de serviço.
Sexta-feira, 4 de julho
A Alemanha deve divulgar dados sobre os pedidos às fábricas. Os mercados nos EUA devem permanecer fechados em virtude do feriado do Dia da Independência.