São Paulo, 8 dez (EFE).- A espanhola Telefónica pretende investir
no Brasil mais de R$ 2 bilhões em 2010, número similar ao previsto
para este ano, anunciou hoje o presidente da filial brasileira da
companhia, Antonio Carlos Valente.
"Em 2010, vamos manter os mesmos níveis de investimentos
previstos para este ano", que superam os R$ 2 bilhões, afirmou
Valente durante um encontro com jornalistas em São Paulo.
No entanto, o executivo destacou que a projeção de investimentos
para este ano, que em fevereiro variava de R$ 2 bilhões a R$ 2,4
bilhões, "poderá ficar um pouco abaixo desses números".
Segundo Valente, não foi possível fazer todo o investimento
previsto para este devido à estagnação temporária do serviço de
internet de banda larga da Telefónica.
O executivo explicou que as autoridades, devido a uma falha
generalizada do sistema e ao "fator cambial" - uma referência à
valorização de mais de 25% do real frente ao dólar -, proibiu a
empresa de comercializar o serviço por um mês.
Em 2010, destacou Valente, a aposta da Telefónica será exatamente
a expansão da sua internet de banda larga.
"O foco principal é a banda larga e tudo relacionado a ela",
destacou o diretor, para quem a prioridade será a popularização do
acesso à internet.
"Apresentamos uma oferta de banda larga popular, mas o estado de
São Paulo nos pede uma oferta para os não clientes do nosso serviço
telefônico", comentou.
Valente também falou da operadora de telefonia GVT, que em
novembro foi comprada pelo grupo francês Vivendi depois que a
Telefónica fez uma oferta milionária à empresa.
"Foi uma tristeza. Às vezes se ganha, às vezes se perde. Sempre
quero ganhar em tudo, mas às vezes não é possível. Não vamos mudar
nossa estratégia porque não vamos ser afetados por este negócio da
GVT em São Paulo", acrescentou, em uma referência à Telesp, filial
da Telefónica e que opera a telefonia fixa no estado.
Segundo os números referentes ao terceiro trimestre divulgados
pela empresa, a Telefónica tem no Brasil 87.400 empregados e um
total de 64,1 milhões de clientes. EFE