Nova York, 2 nov (EFE).- A Bolsa de Nova York suspendeu hoje a
cotação da financeira americana CIT Group, já que o conselho de
administração da empresa apresentou solicitação de falência em um
tribunal nova-iorquino.
O NYSE explicou, por meio de um comunicado de imprensa, que a
decisão foi adotada a partir do anúncio do conselho de administração
do CIT, que declarou falência e apresentou um plano de reorganização
que conta com o apoio dos credores da firma.
"Segundo o plano de reorganização, todos os títulos (em cotação)
da empresa devem ser cancelados", acrescentou a bolsa nova-iorquina.
CIT, especializada em créditos a estudantes e pequenas empresas,
declarou falência no domingo depois da decisão do conselho de
administração.
A financeira prevê um plano para ressurgir como uma nova empresa
no final de ano e para isso conta com o apoio de seus credores.
"A decisão de proceder com o plano de reorganização permitirá ao
CIT proporcionar fundos para as pequenas empresas e os consumidores,
dois setores de importância vital para a economia dos Estados
Unidos", indicou o presidente e diretor-executivo da empresa,
Jeffrey Peek, em uma declaração por escrito.
A empresa, que conta com US$ 71 bilhões em ativos, é a quinta
empresa a declarar falência na história dos Estados Unidos, depois
de Lehman Brothers, Washington Mutual, WorldCom e General Motors.
Para salvá-la da crise por sua excessiva exposição a empréstimos
hipotecários e para estudantes com um alto perfil de risco, o
Governo dos EUA investiu US$ 2,3 bilhões.
Esta declaração de falência é a primeira perda do programa de
resgate iniciado pelo Governo dos EUA desde o início da crise
financeira, para a qual destinou US$ 400 bilhões para ajudar
empresas em dificuldades, entre bancos, seguradoras e fabricantes de
automóveis.
Em um movimento dirigido a suavizar a saída da falência, a
empresa conseguiu na sexta-feira passada um acordo com o financeiro
Carl Icahn, que se comprometeu em apoiar o plano para sair da
situação com US$ 1 bilhão em financiamento.
CIT detalhou que submeter-se ao capítulo 11 da lei de falências
americana atinge unicamente à companhia, enquanto suas subsidiárias,
incluindo o Carl Icahn, seguem operando com normalidade. EFE