Seul, 5 out (EFE).- A Samsung Electronics anunciou nesta quarta-feira em comunicado que planeja apresentar ações na justiça na França e Itália pedindo a proibição da distribuição do novo iPhone 4S da Apple, em um novo capítulo do litígio entre as duas companhias.
As denúncias serão apresentadas nesta quarta-feira nos tribunais de Paris e Milão pela violação de duas tecnologias relacionadas à transmissão de dados móveis, "especificamente dos padrões Wideband Code Division Multiple Access (WCDMA) para celulares 3G".
"Samsung considera que a violação da Apple é tão grave que as vendas do iPhone 4S - apresentado nesta terça-feira pela multinacional americana - devem ser bloqueadas", informou a companhia a partir de Seul.
A multinacional sul-coreana, segundo fabricante mundial de celulares, revelou que existem demandas similares em outros países após a revisão da situação.
Um porta-voz da Samsung confirmou à Agência Efe que pediram à União Europeia (UE) que anule os direitos exclusivos da Apple sobre o desenho de seu tablet iPad, para evitar novos problemas de patentes.
Este é o último capítulo de uma guerra legal entre as duas principais fabricantes de smartphones e tablets, que começou em abril e que parece estar a favor da Apple, que conseguiu a suspensão das vendas dos tablets Galaxy Tab da Samsung na Alemanha desde agosto.
Na Austrália, a Apple tem em andamento um processo similar contra os tablets da Samsung, que ofereceu acordo sobre patentes para que o novo Galaxy Tab 10.1 possa ser comercializado antes do Natal, pacto que a multinacional da Califórnia negou.
Apple acusa a Samsung de copiar o desenho e algumas funções de seus iPhone e iPad, enquanto a sul-coreana garante que essas ideias não são propriedade exclusiva de seu concorrente, ao tempo que contra-atacou com outras ações de patentes, que somam já 20 no mundo todo.
Na terça-feira, a Apple apresentou o iPhone 4S, uma versão melhorada de seu último iPhone no mercado, que estará disponível nos EUA, Austrália, Canadá, França, Alemanha, Japão e Reino Unido a partir de 14 de outubro e que traz um preço menor com relação às versões anteriores. EFE