Por Patrick Markey e Tarek Amara
TÚNIS (Reuters) - Eleitores na Tunísia votaram neste domingo no segundo turno de eleições presidenciais que completam a transição do país à democracia plena quase quatro anos após o levante que depôs o autocrata Zine El-Abidine Ben Ali.
Com uma nova constituição e uma eleição completa do Parlamento em outubro, A Tunísia é tida como exemplo de mudança democrática na região que ainda luta para lidar com o rescaldo das revoltas da chamada Primavera Árabe em 2011.
A nação do norte da África conseguiu evitar as amargas divisões pós-revolta vistas na Líbia e no Egito, mas as eleições deste domingo expõem o abismo entre um ex-funcionário de Ben Ali e outro candidato que clama para si o legado da revolução de 2011.
Frontrunner Beji Caid Essebsi, ex-presidente do parlamento durante o governo de Ben Ali, conquistou 39 por cento dos votos no primeiro turno em novembro contra o atual presidente Moncef Marzouki, que obteve 33 por cento.
A votação iniciou sob forte presença policial. Resultados preliminares não são esperados antes da segunda-feira.