Por Steve Holland e Jeff Mason
WASHINGTON (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ordenou nesta quinta-feira a liberação de 2.800 documentos relacionados ao assassinato do presidente John F. Kennedy em 1963, mas cedeu à pressão do FBI e da CIA e bloqueou a liberação de algumas informações, disseram autoridades do governo.
O Congresso havia ordenado em 1992 que todos os registros relativos à investigação sobre a morte de Kennedy deveriam ficar abertos ao público e fixaram um prazo final de 26 de outubro de 2017 para que tudo fosse tornado público. Trump confirmou no sábado que permitiria que os documentos fossem divulgados.
Autoridades do governo disseram aos repórteres em uma teleconferência que Trump ordenou uma revisão de 180 dias para que as agências governamentais possam voltar a olhar os documentos remanescentes e justificar por que algum deve ser retido, disseram as autoridades.
De acordo com as fontes, Trump estava relutante em aceitar pedidos das agências para reter milhares de documentos, mas sentiu que no final ele não tinha escolha senão concordar com as súplicas.
"O presidente quer garantir que haja uma transparência total aqui e espera que as agências façam um melhor trabalho na redução de conflitos e obtenham essas informações o mais rápido possível", disse uma autoridade.
O assassinato de 22 de novembro de 1963 encerrou os 1.000 dias da Presidência de Kennedy, que tinha 46 anos quando morreu e continua sendo um dos líderes mais admirados dos EUA.