Por Lucia Mutikani
WASHINGTON (Reuters) - Os estoques no atacado dos Estados Unidos tiveram um leve aumento em julho, confirmou o governo nesta quarta-feira, sugerindo que o investimento em estoques poderá continuar sendo um obstáculo ao crescimento econômico norte-americano no terceiro trimestre.
O Departamento de Comércio informou que os estoques no atacado dos EUA aumentaram 0,2% em julho, conforme estimado no mês passado, e após uma queda de 0,1% em junho. Os estoques tiveram alta de 7,1% na comparação anual em julho.
O componente de estoques atacadistas que entra no cálculo do Produto Interno Bruto (PIB) subiu 0,1% em julho.
O ritmo de acumulação de estoques tem diminuído depois de os estoques terem aumentado fortemente desde o terceiro trimestre de 2018 até o primeiro trimestre deste ano. O excesso de estoques levou as empresas a fazer menos encomendas às fabricas, contribuindo para uma desaceleração da atividade fabril.
A acumulação de estoques desacelerou no segundo trimestre, ajudando a limitar o crescimento econômico para uma taxa anualizada de 2,0% naquele período. Parte da desaceleração no ritmo de acumulação reflete um aumento nos gastos dos consumidores no segundo trimestre.
As empresas também estão gerenciando cuidadosamente os níveis de estoques pois as perspectivas da economia continuam sombrias em meio a uma escalada na guerra comercial entre os Estados Unidos e a China, o que aumentou o risco de recessão.
A economia cresceu a um ritmo de 3,1% no primeiro trimestre. As estimativas de crescimento para o terceiro trimestre variam de 1,5% a 2,2%.
Em julho, os estoques de automóveis no atacado aumentaram 0,5%, após queda de 0,1% no mês anterior. Também houve aumento no estoque de equipamentos e móveis profissionais. Mas os estoques de vestuário, hardware e produtos elétricos caíram. Os estoques de máquinas tiveram a maior queda desde dezembro de 2017.
As vendas nos atacadistas aumentaram 0,3% em julho, revertendo uma queda de 0,3% em junho. As vendas de veículos automotores recuperaram 0,3% em julho, após recuar 0,2% no mês anterior.
No ritmo de vendas de julho, os atacadistas levariam 1,36 mês para liberar as prateleiras, mesmo dado apurado em junho.