Paris, 16 fev (EFE).- As normas contra a lavagem de dinheiro e financiamento ao terrorismo incluem a partir desta quinta-feira a luta contra o financiamento de armas de destruição em massa e os crimes fiscais, anunciou o Grupo de Ação Financeira Internacional (Gafi).
O organismo anunciou a ampliação de suas recomendações, que guiam as leis que devem ser aplicadas pelos mais de 180 países signatários em matéria de combate à lavagem de dinheiro e financiamento de atividades terroristas.
Isso será feito por meio da "aplicação sistemática" das sanções decididas pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas.
Serão levadas em conta a partir destas novas normas - que impõem obrigações de adaptação aos países onde se aplicam - que os "delitos fiscais" pertencem ao campo das "infrações subjacentes à lavagem de dinheiro".
Alex Karrer, analista do Gafi presente na exposição de hoje em Paris das recomendações, detalhou que a classificação do tipo de crime fiscal que será afetado pelas novas recomendações ficará a cargo de cada país.
"Cada estado poderá decidir como vai considerar a gravidade dos delitos", afirmou Karrer, quem participou da apresentação das novas leis com o presidente do Gafi, Giancarlo Del Bufalo.
As normas do Gafi incluirão "obrigações mais firmes em direção às pessoas politicamente expostas", reforço dos requisitos de troca de informações para que a cooperação internacional "seja mais eficaz" e a adoção de "melhores ferramentas de operação".
O Gafi é o organismo encarregado de estabelecer as medidas de luta contra a lavagem de dinheiro, o financiamento do terrorismo e o financiamento da proliferação, este último aspecto a partir das recomendações anunciadas hoje.
É uma organização internacional com 36 membros, da qual participam mais de 180 países por meio da rede mundial de organismos regionais. EFE