Redação Central, 8 set (EFE).- As seleções de Portugal, França e
Inglaterra terão jogos decisivos, nesta quarta-feira, pelas
Eliminatórias Européias para a Copa do Mundo de 2010, embora estejam
em situações bem diferentes na tabela de classificação.
Fora de casa, em Budapeste, Portugal precisa vencer a Hungria,
adversária direta no Grupo 1, para manter as chances de conseguir
uma vaga na África do Sul.
Depois de empatar com a Dinamarca, a situação dos portugueses,
que já era ruim, piorou bastante, já que chegaram somente a 10
pontos na chave.
Em quarto, a seleção dos brasileiros naturalizados Liédson, Deco
e Pepe está atrás dos líderes dinamarqueses (17 pontos), da própria
Hungria (13) e da Suécia (12).
E nos pés (e gols) de Liédson e Cristiano Ronaldo é que estão
depositadas as esperanças de Portugal para o confronto contra os
húngaros, que não se participam de uma Copa desde 1986.
O ex-jogador de Flamengo, Corinthians e Coritiba já estreou
marcando na última rodada, e o atacante do Real Madrid ainda busca
uma grande atuação com sua seleção neste ano.
Os portugueses já não têm mais chances de chegar ao primeiro
lugar do grupo, mas tentam o segundo, que dá acesso à repescagem
reservada às oito melhores seleções entre as nove que ficaram em
segundo de suas chaves.
Outra tradicional seleção em situação difícil nas Eliminatórias é
a francesa, que vai a Belgrado enfrentar a Sérvia.
A seleção da casa, líder do grupo 7 com 18 pontos, pode conseguir
a classificação para a Copa se vencer sua adversária mais próxima na
tabela. Em segundo lugar, a França tem 14 pontos.
Para piorar, os "Bleus" poderão ficar sem um de seus melhores
jogadores, Franck Ribéry, que se lesionou no empate por 1 a 1 com a
Romênia.
Além disso, o clima na concentração esquentou após fortes
críticas do atacante Thierry Henry e de outros jogadores ao técnico
Raymond Domenech.
Segundo o jornal francês "Lê Parisien", Henry teria dito que os
atletas não sabem "como jogar, onde se posicionar e o que fazer".
"Não temos um estilo de jogo definido, nenhuma orientação,
qualquer identidade", teria afirmado o capitão da seleção, que
depois desmentiu as declarações à emissora de TV "TF1".
Por outro lado, a Sérvia, embora se mostre confiante com a chance
de garantir uma vaga na Copa, também adotou uma postura respeitosa
em relação ao adversário.
"Temos que ficar tranquilos. Não devemos nos esquecer que a
França, apesar dos recentes maus resultados, tem uma grande equipe",
disse o meia Milan Jovanovic.
Ao contrário de França e Portugal, a Inglaterra entrará em campo
em casa, no estádio de Wembley, com uma missão menos complicada.
O "English Team" (21 pontos em 7 jogos) terá como adversário a
Croácia (17 em 8), algoz dos ingleses nas Eliminatórias para a
última Eurocopa, e que são os rivais diretos na briga pela vaga
direta do Grupo 6.
O técnico da Inglaterra, o italiano Fabio Capello, tem dúvidas
apenas em relação ao ataque. Heskey e Defoe brigam por uma vaga na
frente.
"Jermaine (Defoe) tem marcado gols sempre que entra, e Emile
(Heskey) tem muita experiência com a camisa da seleção", disse o
meia Frank Lampard, do Chelsea, sobre seus companheiros de seleção.
Quem não perdeu a oportunidade de alfinetar os rivais foi o
técnico da Croácia, Slaven Bilic. Ele afirmou que o elenco dirigido
por Capello toma "más decisões em campo", e chegou a dizer que falta
aos adversários até mesmo uma "mentalidade inglesa".
Embora sem chance de antecipar a classificação para a Copa, duas
seleções campeãs mundiais também vão entrar em campo pelas
Eliminatórias Europeias para defender a liderança de suas chaves.
Pelo Grupo 4, a Alemanha, líder com 19 pontos (um a mais do que a
Rússia), receberá o Azerbaijão tentando consolidar o novo sistema
tático treinado no último amistoso contra a África do Sul (2 a 0 a
favor dos alemães).
O técnico Joachim Löw planeja escalar quatro armadores no meio de
campo: Mesut Özil - grande promessa do futebol alemão - Bastian
Schweinsteiger, Piotr Trochowski e Michael Ballack, junto com o
atacante Mario Gómez.
Já pelo Grupo 8, os italianos (com 17 pontos em 7 jogos) jogarão
no estádio Olímpico de Turim, contra a Bulgária, em busca de uma
vitória que lhes garantam mais tranquilidade para enfrentar a
vice-líder Irlanda (16 em 8) em outubro.
Para derrotar os búlgaros, o técnico da Itália, Marcello Lippi
contará com a volta do meia da Roma Daniele De Rossi, que ficou de
fora do último jogo contra a Geórgia para cumprir suspensão, e com
os Claudio Marchisio e Fabio Grosso, ambos da Juventus, para
reforçar, respectivamente, o meio de campo e a lateral-esquerda.
Lippi só não definiu quem escalará ao lado de Gilardino no
ataque. A dúvida está entre Rossi, do Villarreal, e Iaquinta,
companheiro na Juventus dos brasileiros Diego, Felipe Melo e Amauri.
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