Buenos Aires, 2 jun (EFE).- O presidente da General Motors (GM)
na Argentina, o brasileiro Edgar Lourencon, ratificou hoje que a
montadora não demitirá seus empregados como consequência do processo
de concordata levado adiante nos Estados Unidos e que as mudanças
não afetarão seus negócios no Mercosul.
Depois de reforçar que a reestruturação da GM "não afeta" os
negócios da companhia no Mercosul (Argentina, Brasil, Paraguai e
Uruguai), Lourencon confirmou que será lançado um novo modelo para a
região prevista no plano de investimentos vigente.
"Aqui estamos com uma operação bastante sólida, sem nenhum
problema de solvência, estamos saudáveis para seguir investindo e
estamos fazendo isso em um produto novo cuja produção vai começar
para lançá-lo no fim de ano", declarou o empresário à "Rádio
Continental" de Buenos Aires.
A GM Argentina tem uma fábrica com 2.200 empregados na cidade de
Rosário, 300 quilômetros ao noroeste de Buenos Aires.
Lourencon disse que os clientes "devem ficar tranquilos, assim
como os empregados e fornecedores", porque a empresa seguirá como
esteve nos últimos anos, "com um ritmo muito forte de investimento,
especialmente , para esse novo produto".
"O investimento será superior aos 500 milhões de pesos (US$ 133
milhões) para o novo produto e parte desse dinheiro será recebido
como apoio do Governo argentino", comentou.
"Nós somos dependentes da divisão da América Latina (da GM), que
seguirá operando assim", esclareceu.
O Governo argentino iniciou um plano de ajuda ao setor automotivo
que inclui subsídios para o pagamento de salários a fim de que as
empresas não demitam trabalhadores. EFE