Berlim, 3 out (EFE).- O Governo alemão estuda medidas para evitar
que os bancos resgatados da quebra com fundos estatais abonem seus
executivos salários desproporcionais e que superem os 500 mil euros
anuais estabelecidos oficialmente como limite.
Assim o assegura em declarações que publica hoje o jornal
"Frankfurter Allgemeine Sonntagszeitung" um porta-voz do Ministério
das Finanças, que ressalta que o Governo prepara uma iniciativa para
evitar que essa norma do fundo de resgate estatal Soffin seja
ludibriada.
O Governo estuda uma limitação "tanto para os contratos do futuro
como para os agora vigentes", assinala no mesmo jornal a ministra de
Justiça alemã, Sabine Leutheusser Schnarrenberger.
Embora os membros dos conselhos de administração dos bancos
socorridos pelo estado se atenham à limitação salarial de 500 mil
euros anuais, estes concedem a executivos de segunda fila com
frequência salários superiores ao limite, aproveitando que a atual
norma não lhes afeta diretamente.
Um total de 68 executivos dos quatro institutos financeiros que
receberam ajudas do Soffin recebe remunerações anuais superiores a
meio milhão de euros, revela a revista alemã "Der Spiegel" em sua
edição de hoje. EFE