Grécia espera economia de 30 bi de euros para cortar déficit

Publicado 02.05.2010, 08:14
Atualizado 02.05.2010, 09:00

Atenas, 2 mai (EFE).- O ministro das Finanças Giorgos Papaconstantinou assegurou hoje que a Grécia espera economizar 30 bilhões de euros, 11% do Produto Interno Bruto (PIB), para reduzir o déficit público a menos de 3% em 2014.

"Em 2014 o déficit estará abaixo de 3%", assegurou o ministro, que acrescentou que as ajudas internacionais para evitar a quebra grega vão de 2010 até inícios de 2013, e seu montante será revelado ainda hoje, em Bruxelas.

"O programa (de austeridade) implica um esforço fiscal de 11 pontos do PIB, ou seja, 30 bilhões de euros em três anos (até 2013), em adição ao anunciado no programa econômico para 2010", explicou o ministro.

Papaconstantinou divulgou esses números pouco após ser apresentado em um conselho de ministros o acordo sobre um plano de austeridade com o Fundo Monetário Internacional (FMI) e a União Europeia (UE), condição para que a Grécia tivesse acesso ao dinheiro do plano de resgate.

"Todos conhecemos a situação e estávamos convocados a escolher entre o colapso ou a salvação", explicou o ministro sobre a necessidade de apertar o cinto nos próximos anos.

"Com o programa se garantem os fundos necessários nos próximos três anos, e os objetivos serão acompanhados a cada mês para que o dinheiro siga fluindo", acrescentou Papaconstantinou que, mesmo sem especificar o total da ajuda, disse que seria "uma quantidade nunca vista".

O ministro grego, que se reunirá com seus colegas europeus hoje em Bruxelas, assegurou que "o programa é valente". Segundo ele, em 2010 se prevê reduzir o déficit a 8% e seguir de forma paulatina seu corte até situá-lo abaixo de 3% do PIB em 2014.

Entre as medidas para conseguir o objetivo estão o congelamento das contratações públicas e o corte de pagamentos a funcionários e pensões, assim como o aumento de impostos.

A apresentação das medidas se produz horas antes da reunião extraordinária dos 16 ministros das Finanças da zona do euro para avaliar o plano de ajuste e a eventual ativação da ajuda financeira internacional prometida em troca.

É a primeira vez em 11 anos de história da moeda única europeia que um dos membros precisa ser salvo da quebra pela incapacidade de refinanciar a própria dívida nos mercados internacionais. EFE

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