La Paz, 27 dez (EFE).- Os sindicatos de motoristas da Bolívia acataram parcialmente a greve iniciada nesta segunda-feira por causa do aumento do custo dos combustíveis decretado pelo Governo de Evo Morales.
Apesar de durante a manhã várias cidades terem registrado problemas com o transporte público, a greve não paralisou as principais atividades públicas e privadas do país.
No entanto, o líder da Confederação de Motoristas da Bolívia, Franklin Durán, disse aos jornalistas que eles não voltarão atrás na decisão de manter a greve geral e por tempo indeterminado e afirmou que acredita que outros setores se juntarão a eles para que o Executivo reduza os preços.
A greve foi sentida principalmente nas pequenas cidades de Tarija e Sucre, no sul, enquanto em Cochabamba, La Paz e Santa Cruz, as maiores do país, houve motoristas que fixaram arbitrariamente novas tarifas de transporte para seguir com o serviço.
Para atenuar os efeitos da greve, o Exército habilitou entre La Paz e cidade vizinha de El Alto um serviço gratuito de caminhões militares, enquanto a Força Aérea disponibilizou voos de baixo custo como alternativa ao ônibus.
Em Santa Cruz, no leste, os motoristas declararam que voltarão ao trabalho, mas aumentarão os preços das passagens em mais de 50%.
O porta-voz presidencial, Ivan Canelas, destacou em entrevista coletiva que houve "normalidade" no desenvolvimento das atividades no país, exceto em Sucre e Tarija.
"O transporte publico está trabalhando quase normalmente na maior parte das cidades", assegurou Canelas, quem lamentou o fato de os motoristas de La Paz terem "abusado" com a imposição de tarifas altas. EFE