Indonésia prevê demissões e falências por causa de livre-comércio com China

Publicado 20.01.2010, 10:30

Jacarta, 20 jan (EFE).- O ministro da Indústria da Indonésia, Mohammed Suleiman Hidayat, advertiu hoje sobre o risco de demissões e fechamentos de indústrias no país por causa do tratado de livre-comércio da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean) assinado com a China, que entrou em vigor em 1º de janeiro.

O titular acrescentou em uma sessão parlamentar que os setores mais prejudicados serão o do aço, o têxtil, o químico e o de fabricação de móveis. Por isso, defendeu a renegociação de algumas tarifas alfandegárias no pacto.

"Se não forem tomadas medidas de proteção a essas indústrias, receio que haverá demissões e inclusive fechamentos", asseverou Hidayat, que anteriormente tinha presidido a Câmara de Comércio e Indústria indonésia (Kadin).

O ministro contestou que não estava autorizado a dar uma estimativa de destruição líquida de postos de trabalho.

A ministra de Comércio indonésia, Mari Elka Pangestu, afirmou ainda nesta semana que o acordo beneficiará a Indonésia "a longo prazo", principalmente os exportadores e as empresas estrangeiras com interesse de investir no país.

A Indonésia quer adiar em um ano o tratado de livre-comércio para estudar as tarifas alfandegárias de 455 produtos cuja eliminação tem, em sua opinião, "o potencial de enfraquecer a indústria nacional".

Indústrias e funcionários indonésios previram nos últimos dias quebras, reduções de produção e a demissão de até 2 milhões de empregados diante da impossibilidade de competir com os produtos chineses.

O tratado de livre-comércio, que prevê a eliminação de tarifas de 90% dos produtos, é o maior do mundo em número de consumidores e o terceiro em volume de trocas comerciais.

A Asean é formada por Mianmar, Brunei, Camboja, Filipinas, Indonésia, Laos, Malásia, Cingapura, Tailândia e Vietnã. EFE

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