Inflação da zona do euro permanece em 2,2% abril, mas preços de serviços sobem

Publicado 02.05.2025, 07:32
Atualizado 02.05.2025, 07:36
© Reuters. Bandeiras da União Europeia na sede do Banco Central Europeu, em Frankfurtn18/07/2024 REUTERS/Jana Rodenbusch

Por Balazs Koranyi

FRANKFURT (Reuters) - A inflação da zona do euro permaneceu em abril um pouco acima da meta de 2% do Banco Central Europeu, mas as pressões subjacentes sobre os preços aumentaram mais do que o projetado, provavelmente deixando algumas autoridades nervosas mesmo que uma guerra comercial possa justificar mais cortes nas taxas de juros.

A inflação nos 20 países que compartilham o euro manteve-se em 2,2%, acima das expectativas de 2,1% em uma pesquisa da Reuters com economistas, já que o aumento dos preços de serviços e alimentos não processados compensou a queda nos custos de energia.

A alta nos preços de serviços elevou o núcleo da inflação, que exclui os preços voláteis de alimentos e energia, de 2,4% para 2,7%, acima das expectativas de 2,5%.

Embora as autoridades do BCE normalmente deem grande ênfase aos dados sobre a inflação - especialmente o aumento do núcleo do índice - a guerra comercial do governo dos Estados Unidos com o resto do mundo pode ser muito importante no período que antecede a reunião de política monetária do banco em 5 de junho.

Ainda assim, é provável que o grande aumento nos preços de serviços reforce os apelos para que o BCE diminua o ritmo de afrouxamento monetário antes que haja evidências decisivas de que a meta foi atingida.

Por enquanto, economistas veem uma chance de mais de 80% de outro corte nos juros em junho e preveem pelo menos mais um movimento antes do final do ano, o que levaria a taxa de depósito do BCE para 1,75% ou menos.

As autoridades também começaram a preparar o caminho para o oitavo corte de juros pelo BCE em 13 meses, uma vez que a guerra comercial pesará sobre os preços e poderá até mesmo arrastar a inflação para abaixo da meta.

De fato, a comunicação do banco já mudou. Embora anteriormente o BCE visse a inflação de volta à meta somente em 2026, a autoridades agora dizem que a meta foi essencialmente alcançada.

Isso ocorre porque os conflitos comerciais desaceleram o crescimento econômico e reduzem os investimentos, além de já terem reduzido os preços da energia e fortalecido o euro, tornando as importações mais baratas. Além disso, muitos temem que a China possa começar a despejar seus produtos excedentes na Europa, devido ao seu acesso limitado aos EUA.

Embora uma economia mundial mais fragmentada possa, em última instância, aumentar os custos de produção, esse risco de alta é visto como bastante limitado e as expectativas de inflação de longo prazo dos investidores estão se mantendo firmes em torno da meta de 2% do BCE.

(Reportagem de Balazs Koranyi)

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