Rio de Janeiro, 10 fev (EFE).- O Brasil registrou em janeiro uma inflação de 0,56%, acima do 0,5% medido em dezembro e o maior índice nos últimos nove meses, informou nesta sexta-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
O aumento dos preços não era tão elevado para um mês desde a medição de 0,77% em abril do ano passado, segundo o organismo.
Apesar da ligeira aceleração da inflação com relação a dezembro, a taxa de janeiro foi 0,27 pontos percentuais inferior à do mesmo mês do ano passado (0,83%), o que permitiu uma redução do índice anual.
Após ter registrado uma inflação de 6,5% em 2011, o Brasil acumulou nos últimos 12 meses até janeiro uma elevação dos preços de 6,22%.
A inflação acumulada em 12 meses não era tão baixa desde o índice de 6,01% medido entre março de 2010 e fevereiro de 2011, segundo o organismo oficial.
A inflação brasileira em 2011 (6,5%) foi a maior para um ano desde 2004 (7,6%) e se situou mais de meio percentual acima da de 2010 (5,91%).
A taxa do ano passado, além disso, foi colocada exatamente no teto da meta que o Governo impôs para 2011, já que o objetivo oficial era de 4,5% com uma margem de tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo, por isso que poderia chegar a um máximo de 6,5%.
A meta para este ano também é de 4,5% com dois pontos percentuais de tolerância.
O Instituto esclareceu em comunicado que a taxa divulgada para janeiro foi a primeira com os novos critérios estabelecidos para medir a inflação no Brasil, que incorporam novos produtos e serviços que passaram a ter importância nos orçamentos familiares.
Segundo o organismo, a aceleração da inflação em janeiro foi impulsionada principalmente pelo reajuste dos preços dos alimentos e bebidas (0,86%) e das tarifas de transportes (0,69%). Estes dois segmentos foram responsáveis por 61% de toda a inflação em janeiro.
A aceleração da inflação no primeiro mês do ano põe em xeque a política de redução de taxas de juros adotada pelo Banco Central nos últimos meses.
O organismo emissor vem reduzindo os juros gradualmente perante o argumento de que os preços estão sob controle e de que a inflação está com tendência descendente e terminará 2012 com 4,7%. EFE