Rio de Janeiro, 7 jun (EFE).- O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) que mede a inflação oficial do país ficou em maio em 0,47%, inferior ao 0,77% de abril e o menor nos últimos oito meses, informou nesta terça-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Apesar da desaceleração, a taxa anualizada subiu para 6,55%, a maior para um período de 12 meses desde julho de 2005 (6,57%) e acima do teto da meta do Governo, fixada para este ano em 6,50%.
O índice anualizado superou tanto o 6,51% medido em abril quanto o 5,22% registrado entre junho de 2009 e maio de 2010.
Embora a inflação tenha finalmente começado a ceder em maio, a taxa acumulada nos cinco primeiros meses do ano ficou em 3,71%, acima do 3,09% do acumulado no mesmo período do ano passado.
As taxas ameaçam a meta do Governo de fechar 2011 com inflação em 4,50%, com margem de tolerância de dois pontos percentuais para mais e para menos, o que permitiria o índice tocar o teto de 6,50%.
A inflação do ano passado (5,91%) já havia superado o centro da meta do Governo e a taxa de 2009 (4,31%). A taxa medida em maio, no entanto, não era tão baixa para esse mês desde 0,45% registrado em setembro do ano passado e ficou próxima a 0,43% medido em maio de 2010, segundo o organismo estatal.
A desaceleração na alta dos preços refletiu nas medidas que o Governo começou a adotar no final do ano passado para frear a inflação, que se transformou em uma das maiores ameaças para a economia brasileira atualmente.
Além de ter iniciado um ciclo de aumento das taxas internas de juros para reduzir a demanda interna, o Governo vem adotando diferentes medidas para encarecer o crédito e desacelerar o consumo.
Segundo o IBGE, para a redução da inflação em maio contribuiu especialmente a desaceleração do aumento dos preços do setor transportes.
Após ter aumentado de 1,57% em abril, as tarifas de transporte subiram em 0,24% em maio principalmente por causa da queda de 0,33% dos preços dos combustíveis, que tinham subido 6,53% em abril.
A inflação calculada pelo organismo, de referência no país, mede a variação dos preços nas 11 maiores cidades do país para as famílias que ganham até US$ 12.750 mensais. EFE