Washington, 12 nov (EFE).- Em seus dois primeiros dias no mercado, o jogo para videogame de operações clandestinas "Call of Duty: Black Ops" registrou recorde de vendas, irritou o Governo de Cuba e se tornou sucesso entre os jogos de guerra, informam nesta sexta-feira meios de comunicação americanos.
"Call of Duty: Black Ops" é um jogo de combate produzido pela Treyarch e distribuído pela Activision, os mesmos criadores do seu antecessor "Call of Duty: Modern Warfare 2", que no ano passado foi lançado no mercado com 20 milhões de unidades.
Desde seu lançamento na terça-feira, foram vendidas em EUA e Reino Unido mais de 5,6 milhões de unidades de "Call of Duty: Black Ops", e seus criadores arrecadaram US$ 360 milhões.
No ano passado, as vendas da versão "Modern Warfare 2" somaram US$ 310 milhões apenas em seu primeiro dia no mercado.
"Nunca outra marca alcançou recordes em dois anos consecutivos, e nos encaminhamos para superar o recorde de vendas globais de US$ 550 milhões em cinco dias", destacou o presidente da Activision, Bobby Kotick, em declarações a veículos especializados.
A versão "Black Ops" é a terceira em uma série que a Treyarch iniciou com o lançamento de "Call of Duty: World at War".
O jogador pode assumir o papel de Alex Mason, um soldado de operações especiais, ou de Jason Hudson, da CIA (a agência central de inteligência americana) no contexto da Guerra Fria.
Entre as missões dos jogadores em Rússia, Laos, Vietnã e Cuba está a de assassinar Fidel Castro durante a invasão na Baía dos Porcos, em abril de 1961.
Havana irritou-se com o jogo e a agência de notícias do Governo o qualificou como "duplamente perverso".
"O que os Estados Unidos não conseguiram fazer em mais de 50 anos, tentam fazer agora de maneira virtual", destacou a "Prensa Latina".
O jogo "por um lado glorifica as tentativas ilegais de assassinato planejadas pelo Governo dos EUA e, por outro, estimula atitudes de psicopatia em crianças e adolescentes americanos". EFE