Madri, 6 fev (EFE).- O juiz Baltasar Garzón recorreu nesta segunda-feira da acusação de crime de suborno, que teria cometido ao solicitar a empresas e bancos cerca de 2 milhões de euros para o patrocínio de seminários que realizou na Universidade de Nova Iorque.
O magistrado espanhol, que está sendo julgado em outras duas causas diferentes, foi acusado por este delito pelo juiz do Supremo Tribunal da Espanha, Manuel Marchena.
No recurso, seu advogado sustenta que uma vez que Marchena descartou a acusação do juiz por prevaricação e fraude, o Supremo carece de competência para investigá-lo, já que os delitos supostamente cometidos por um espanhol no estrangeiro só podem ser investigados na Espanha a pedido do prejudicado ou do promotor.
O delito denunciado exige que o suborno seja recebido diretamente e não por um terceiro e, no caso de Garzón, o dinheiro dos patrocínios foi ingressado em contas da Universidade de Nova York.
Esta é a terceira das causas que o juiz espanhol tem abertas na Corte Suprema, onde já foi julgado por prevaricação por ordenar escutas em um caso de corrupção e por exceder competências na investigação de crimes do franquismo.
Garzón ganhou fama internacional ao ordenar em 1998 a detenção internacional do já falecido ditador chileno Augusto Pinochet. EFE