Buenos Aires, 13 ago (EFE).- Um total de 22% das 315 filiais que
as multinacionais argentinas têm no exterior está concentrado no
Brasil, segundo um relatório oficial apresentado hoje.
De acordo com o Ranking de Multinacionais Argentinas, elaborado
pela Agência de Desenvolvimento de Investimentos argentina e pela
universidade americana de Columbia, as 19 multinacionais do país
sul-americano têm ativos avaliados em US$ 19 bilhões no exterior.
Estas companhias têm 42.400 funcionários espalhados por 42
países, onde no ano passado contabilizaram vendas de US$ 21 bilhões.
A lista é liderada pelo grupo siderúrgico Techint, que concentra
91% dos ativos no exterior do total de empresas incluídas no
relatório.
Em segundo lugar aparece a Arcor (produtos alimentícios), seguida
pela IMPSA (maquinaria e equipamento) e pelo Grupo Bagó (produtos
farmacêuticos).
Além da "preponderância" da Techint nos investimentos argentinos
no exterior, o estudo destaca "a diversidade de setores" em que as
empresas multinacionais argentinas atuam.
"Este padrão diversificado de empresas bem-sucedidas em seus
processos de internacionalização sugere que existem oportunidades
para que outras firmas argentinas se projetem ao mundo, mesmo
empresas pequenas em relação aos padrões internacionais", diz o
relatório.
Dois terços das filiais no exterior das multinacionais argentinas
se encontram na América do Sul, e menos de 20% na América do Norte.
Na América do Sul, o Brasil lidera com praticamente um terço das
filiais de empresas argentinas na região - 69 no total -, seguido
por Uruguai (24%), Chile (12%), Paraguai (6%) e Bolívia (5%).
Das 315 filiais das multinacionais argentinas no exterior, apenas
10% estão na Europa e 7% na América Central, enquanto que a presença
na Ásia e na África é quase nula.
Segundo o relatório, até o momento, a atual crise financeira e
econômica internacional "parece não ter tido consequências maiores
sobre os investimentos argentinos no exterior".
"Em 2008, os ativos no exterior das 19 firmas só sofreram uma
diminuição de 2%. Os fluxos totais de investimento estrangeiro
direto da Argentina no exterior, por sua parte, caíram 10% em 2008,
mas depois aumentaram 14% no primeiro quadrimestre de 2009", informa
o estudo. EFE