Johannesburgo, 26 fev (EFE).- O ex-presidente sul-africano Nelson Mandela, de 93 anos, deixou o hospital neste domingo um dia após se submeter a uma laparoscopia para examinar a origem de dores abdominais prolongadas, informou a Presidência da África do Sul.
"Os médicos decidiram mandá-lo para casa após comprovar que os exames realizados não apresentaram nenhum problema sério", afirmou o governo sul-africano em comunicado divulgado neste domingo. "O presidente Zuma deseja agradecer ao povo por seus bons desejos e apoio (a Mandela)".
Horas antes, a ministra de Defesa do país, Lindiwe Sisulu, disse que o prêmio Nobel da Paz de 1993 foi internado para se submeter a uma laparoscopia, uma técnica pouco invasiva que permite observar a cavidade abdominal do paciente.
"Não havia nada grave. A razão pela qual foi levado ao hospital é porque estava tendo dores contínuas", acrescentou a ministra, em palavras divulgadas pela agência de notícias sul-africana "Sapa".
O governo sul-africano informou neste sábado em comunicado que Nelson Mandela foi hospitalizado devido a uma dor abdominal contínua.
Mandela deixou há um mês sua residência de Qunu (sudeste da África do Sul) para retornar a Johanesburgo, supostamente para exames de rotina, explicaram à Agência Efe fontes ligadas à família naquele momento.
Ele permanece sob vigilância médica desde que foi internado em janeiro de 2011 em um hospital de Johanesburgo, afetado por uma complicação respiratória.
Vencedor do Prêmio Nobel da Paz de 1993, Mandela recebeu alta em fevereiro do ano passado e foi enviado a sua residência de Houghton, Johanesburgo.
Dias antes de completar seu 93º aniversário, em julho de 2011, o ex-presidente se mudou para a casa em Qunu, lugar onde passou sua juventude, acompanhado de uma equipe médica.
A última aparição pública de Mandela foi na cerimônia de encerramento da Copa do Mundo da África do Sul, em julho de 2010. EFE