Rio de Janeiro, 30 jul (EFE).- Os economistas elevaram pela terceira semana consecutiva sua previsão para a inflação deste ano, segundo a pesquisa Focus divulgada nesta segunda-feira pelo Banco Central (BC).
A projeção média para a inflação em 2012 subiu de 4,92% na pesquisa divulgada na semana passada para 4,98% nesta segunda-feira.
Apesar da revisão em alta da inflação, os economistas mantiveram em 5,5 % sua previsão para a inflação em 2013, dado que não sofreu alteração nas últimas cinco semanas.
As projeções do mercado tanto para 2012 como para 2013 estão acima da meta do Banco Central para a inflação nos dois anos, que é de 4,5%.
A meta do organismo, no entanto, tem uma tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo, e por isso a inflação pode chegar ao teto de 6,5% sem que o Banco Central precise prestar contas ao governo.
Segundo as previsões dos analistas, a inflação em 2012 e em 2013 será inferior ao 6,5% registrado em 2011.
Os economistas vêm elevando suas projeções para o índice de preços nas últimas semanas devido a que o Banco Central, perante a previsão que a inflação está sob controle e não superará o teto da meta, vem reduzindo gradualmente a taxa básica de juros em uma tentativa de incentivar o crescimento econômico.
O BC reduziu no mês passado a taxa básica de juros até 8% anual, a menor para o país, e a expectativa é que os juros possam fechar o ano em 7,5% anual.
O Banco Central promove a redução do custo do dinheiro diante da desaceleração da economia, que no primeiro trimestre do ano só cresceu 0,2% frente ao último trimestre de 2011.
A previsão do próprio governo é que a economia mantenha neste ano sua tendência de desaceleração, após ter se expandido 7,5% em 2010 e apenas 2,7% em 2011.
Segundo a pesquisa divulgada hoje pelo Banco Central, os economistas do mercado preveem que a economia brasileira crescerá 1,9% este ano, sem variação a respeito das projeções das duas últimas semanas.
A projeção do mercado para o crescimento do Produto Interno Bruto em 2013, no entanto, foi reduzida de 4,1% na pesquisa da semana passada para 4,05% nesta segunda-feira. EFE