Bruxelas, 4 dez (EFE).- A ministra de Empreendimentos e Energia
da Suécia, Maud Olofsson, confirmou hoje que o presidente da General
Motors (GM) na Europa, Nick Reilly, anunciará o plano de
reestruturação das fábricas europeias da firma em reunião hoje em
Bruxelas com os titulares de Indústria da União Europeia (UE).
"Apresentarão seus planos para a Europa e teremos a possibilidade
de colocar questões. Acho que serão explicações bastante detalhadas;
os ministros querem saber", assegurou Olofsson ao chegar ao Conselho
de Competitividade da UE.
Segundo Olofsson, após a apresentação do projeto, os ministros o
discutirão com o objetivo de dar a resposta mais coordenada possível
à empresa, como decidiram em outra reunião que tiveram em Bruxelas
há duas semanas.
"É importante olhar todo o plano para a Europa e nos ater às
normas. Não podemos aceitar qualquer coisa que nos proponham. E
quanto mais unidos estivermos neste sentido, melhor será. Não vamos
permitir que a GM vá a cada país negociar ajudas estatais e nos faça
competir entre si", explicou a sueca.
Para Olofsson, o plano de reestruturação de Opel é muito
importante porque "poderia ser o modelo para reestruturar todo o
setor automotivo no longo prazo, para fazê-lo mais verde".
Os ministros de Indústria da UE se reunirão hoje com a cúpula da
filial europeia da GM para discutir o futuro de suas fábricas na
Europa.
Os ministros já se reuniram com Reilly em Bruxelas no último dia
23, a convite da Comissão Europeia (órgão executivo da UE), que
queria evitar que os Estados-membros competissem para manter as
fábricas de Opel em seu território e se lançassem a uma corrida de
subsídios.
Por enquanto, a direção da GM não divulgou os detalhes concretos
de seu plano, apenas algumas possíveis medidas como reduzir em 20% a
capacidade de produção europeia da Opel e cortar entre nove mil e
dez mil empregos dos 50 mil que tem no continente.
A companhia assegurou que precisa de um investimento de quase US$
5,25 bilhões para que as fábricas do velho continente sejam
rentáveis até 2012, soma que deve vir em boa parte das ajudas
estatais. EFE