Investing.com - O dólar ampliava os ganhos frente a outras importantes moedas nesta terça-feira, mesmo com a divulgação de dados norte-americanos negativos, já que investidores aguardavam discurso de Janet Yellen, presidente do Federal Reserve, ainda neste dia.
Mercados ignoraram relatório do Conference Board mostrando que a confiança do consumidor norte-americano caiu mais do que o esperado em setembro.
Outro relatório mostrou que as vendas de imóveis novos nos EUA caíram pelo segundo mês seguido em agosto.
Ainda nesta terça-feira, os comentários de Yellen deverão ser observados de perto na busca de quaisquer novas indicações sobre a política monetária após o banco central norte-americano ter anunciado, na semana passada, que começará a reduzir seu portfólio de US$ 4,5 trilhões em ativos e sinalizar que provavelmente elevará mais uma vez as taxas de juros ainda neste ano.
A moeda dos EUA se fortaleceu após William Dudley, presidente do Federal Reserve de Nova York, afirmar na segunda-feira que o Fed está no caminho de aumentar gradualmente as taxas de juros uma vez que os fatores que reduzem a inflação estão "desaparecendo" e os fundamentos da economia norte-americana permanecem sólidos.
No entanto, Charles Evans, presidente do Federal Reserve Bank de Chicago, disse logo após que o banco central norte-americano deveria esperar até haver sinais claros de que a renda e os preços estão subindo antes de aumentar os juros novamente, alertando que um movimento muito rápido seria um "passo em falso" na política monetária.
O iene e o franco suíço estavam mais baixos, com o par USD/JPY avançando 0,41% para 113,18 e o par USD/CHF avançando 0,52% para 0,9714.
A demanda por portos seguros se fortaleceu após Ri Yong Ho, ministro das relações exteriores da Coreia do Norte, afirmar na segunda-feira que Donald Trump, presidente norte-americano, havia declarado guerra contra o país e que Pyongyang se reservava o direito de derrubar bombardeiros norte-americanos mesmo que não estejam em seu espaço aéreo.
O par EUR/USD recuava 0,57% para 1,7779, mínima de um mês, já que Angela Merkel, chanceler alemã, agora enfrentará meses de negociações de coalizão para formar um governo estável, levando os investidores a temerem que as incertezas políticas possuam abalar a economia alemã.
Os riscos políticos na Espanha também pesavam, com o governo catalão planejando realizar um referendo para definir se deixa a Espanha no domingo, apesar da oposição das autoridades espanholas.
A percepção sobre o euro foi também ficou enfraquecida após Mario Draghi, presidente do Banco Central Europeu, afirmar na segunda-feira que acomodação "ampla" do BCE ainda seria necessária e acrescentar que a volatilidade da moeda é uma fonte de incertezas que exige monitoramento.
A libra passou a cair, com o par GBP/USD recuando 0,28% para 1,3428.
O dólar australiano e o dólar neozelandês estavam mais fracos, com o par AUD/USD em baixa de 0,69%, negociado a 0,7882, e com o par NZD/USD caindo 1,17& para 0,7190.
Enquanto isso, o USD/CAD permanecia estável em 1,2375.
O índice dólar, que mede a força da moeda frente a uma cesta ponderada de seis principais divisas, avançava 0,52% para 92,92 às 11h50, nível mais alto desde 31 de agosto.