Investing.com - O dólar ampliava as perdas frente a uma cesta de moedas nesta segunda-feira uma vez que as especulações de que o Banco Central Europeu estaria se preparando para reduzir seu programa massivo de estímulo impulsionavam o euro, que chegava à máxima de mais de três anos.
O índice dólar, que mede a força da moeda frente a uma cesta ponderada de seis principais divisas, recuava 0,45% para 90,21 às 11h34, nível não visto desde dezembro de 2014.
O euro atingia a máxima de três anos frente ao dólar, ampliando os ganhos da semana passada, com o par EUR/USD avançando 0,57% para 1,2267.
A moeda subiu após as atas da reunião de dezembro do Banco Central Europeu, divulgadas na quinta-feira, afirmarem que os integrantes da instituição consideram uma mudança gradual na diretriz de política monetária no início deste ano.
Quaisquer mudanças na diretriz do banco possivelmente seriam vistas pelos investidores como uma indicação de que os decisores estão se preparando para começar a reduzir seu programa de estímulo de compras de títulos.
Um ritmo mais acelerado de endurecimento da política monetária fora dos EUA reduziria a divergência entre o Federal Reserve e outros bancos centrais e pesaria sobre o dólar.
O euro recebeu impulso adicional após Angela Merkel, chanceler alemã, se aproximar de formar um governo de coalização, possivelmente removendo um elemento de risco político na zona do euro.
O dólar estava em seu menor nível frente ao iene, com o par USD/JPY cotado a 110,67 após ter chegado a cair para 110,58 durante a noite.
O iene teve impulso devido a comentários feitos nessa segunda-feira por Haruhiko Kuroda, presidente do Banco do Japão, que destacou a recuperação econômica do país.
A libra estava mais alta frente ao dólar mais fraco com o par GBP/USD avançando 0,37% para 1,3776, nível mais alto desde a decisão do Brexit, que definiu a saída da União Europeia em junho de 2016.
A libra subiu na sexta-feira após ser divulgada uma informação de que a Holanda e a Espanha estão abertas para um acordo que mantenha a Grã-Bretanha o mais próximo possível da União Europeia após o Brexit.
A libra ignorava a negação subsequente da informação feita por autoridades dos ministérios das finanças da Espanha e da Holanda.