Investing.com - O dólar norte-americano saltava à nova máxima de três meses e meio nesta sexta-feira após dados terem mostrado que o crescimento econômico nos EUA desacelerou menos do que o temido.
Às 10h28, O índice dólar, que mede a força da moeda frente a uma cesta ponderada de seis principais moedas, tinha alta de 0,21% e chegava a 91,58, não muito distante de 91,79, máxima da sessão e nível mais alto desde 11 de janeiro.
A movimentação aconteceu uma vez que dados preliminares mostraram que o produto interno bruto dos EUA cresceu 2,3% no primeiro trimestre. Embora isso marcasse uma desaceleração em comparação aos 2,9% anteriores, marcou o melhor início de ano desde 2015 e superou expectativas de uma expansão mais lenta, de apenas 2,0%.
O dólar estava no caminho de ganhos na semana de 1,7%, seu melhor desempenho desde novembro de 2016 uma vez que rendimentos mais altos de títulos do Tesouro dos EUA e expectativas de endurecimento da política monetária do Federal Reserve mais agressivo davam sustentação.
Em outros pares em relação à moeda dos EUA, o par GBP/USD recuava 1,00% para 1,3779, mínima de oito semanas. A libra já estava sob pressão após dados divulgados no início da sexta-feira terem mostrado que o PIB do Reino Unido teve expansão de apenas 0,1% nos três primeiros meses de 2018, não atendendo as projeções de 0,3% de crescimento e menor do que o crescimento de 0,4% visto nos três últimos meses de 2017.
O par EUR/USD sucumbia à força do dólar e recuava 0,17% para 1,2083. A zona do euro também viu o crescimento no primeiro trimestre na França e na Espanha desacelerar mais do que o esperado em dados divulgados nesta sexta-feira, um dia após o Banco Central Europeu manter a política monetária estável.
A queda do iene frente ao dólar nesta sexta-feira era menor, com o par USD/JPY recuando apenas 0,03% para 109,26. Isso ocorreu apesar mesmo com o Banco do Japão deixando seu programa de estímulo monetário inalterado na sexta-feira, conforme esperado, mas ter removido linguagem prévia a respeito de atingir a inflação de 2% por volta do ano fiscal de 2019.
Alguns analistas sugeriam que a percepção sobre o iene recebeu impulso de notícias de um acordo histórico de paz entre a Coreia do Norte e a Coreia do Sul. Em uma declaração conjunta, ambos os líderes confirmaram o objetivo comum de chegar, através de desnuclearização completa, a uma península coreana livre de armas nucleares e declararam que "não haverá mais guerra na península coreana e, portando, uma nova era de paz começou".
Por fim, em outra exceção à força do dólar norte-americano, o par USD/CAD recuava 0,02% para 1,2868.