Investing.com - O euro atingiu nova máxima de dois anos e meio frente ao dólar nesta segunda-feira após o presidente do Banco Central Europeu ter evitado falar sobre a força recente da moeda e com os mercado se preocupando com o impacto econômico da tempestade tropical Harvey.
O par EUR/USD atingiu 1,1960, o maior nível desde janeiro de 2015, e estava cotado a 1,1931 às 04h48 (horário de Brasília).
O euro subiu na última sexta-feira após Mario Draghi, presidente do BCE, não ter abordado o fortalecimento recente da moeda única em um discurso no simpósio econômico de Jackson Hole.
Draghi também evitou dar novas indicações sobre quando o BCE poderia reduzir seu programa de estímulo, mas reconheceu que a recuperação econômica da zona do euro está ganhando terreno.
Espera-se que o BCE anuncie logo seus planos de reduzir seu programa de estímulo de compra de títulos, que levou o euro a subir cerca de 13% frente ao dólar apenas neste ano.
Um discurso de Janet Yellen, presidente do Federal Reserve, na mesma conferência não fez qualquer referência à política monetária, decepcionando alguns investidores que esperavam que ela pudesse adotar um tom evocando mais endurecimento.
O índice dólar, que mede a força da moeda frente a uma cesta ponderada de seis principais divisas, se fixava em 92,41 após ter caído para 92,30 mais cedo, menor nível desde maio de 2016.
O dólar também estava sob pressão em meio a preocupações com o impacto da tempestade tropical Harvey na economia norte-americana após inundações catastróficas em Houston no domingo.
O dólar estava mais fraco frente ao iene, com o par USD/JPY recuando 0,19% para 109,15, mas permanecendo bem acima de 108,605, mínima de quatro meses atingida em 18 de agosto.
O franco suíço, tradicional porto seguro, estava na máxima de um mês frente ao dólar, com o par USD/CHF cotado a 0,9545.
A libra estava pouco alterada frente ao dólar, com o par GBP/USD cotado a 1,2886, mas permanecendo perto da mínima de oito anos frente ao euro, com o par EUR/GBP cotado a 0,9256.
O euro subiu mais de 8% frente à libra apenas esse ano, refletindo a perspectiva econômica divergente para a zona do euro e para o Reino Unido e suas implicações na política monetária.