Moedas - Projeção semanal: 10 a 14 de março

Publicado 09.03.2014, 07:14

Investing.com - O dólar norte-americano subiu para uma alta de seis semanas em relação ao iene na sexta-feira e saiu de uma baixa de dois anos e meio em relação ao euro após dados terem mostrado que o relatório de emprego nos EUA em fevereiro ficou acima das expectativas.

A economia norte-americana gerou 175.000 postos de emprego em fevereiro, disse o Departamento do Trabalho dos EUA, bem acima das expectativas de 149.000 novos empregos. A taxa de desemprego subiu para 6,7% de 6,6% de janeiro, uma vez que mais pessoas adentraram o mercado de trabalho.

O relatório de empregos reduziu as preocupações com dados leves sobre o emprego nos EUA e outros dados econômicos vistos nos últimos meses. Os números fortes indicaram que o Banco Central dos EUA (Fed) deve continuar reduzindo seu programa de estímulo, o que pesou sobre o valor do dólar.

USD/JPY subiu para 103,75, o nível mais alto desde 23 de janeiro, antes de se estabilizar em 103,24, em alta de 0,18% no dia. Na semana, o par ganhou 1,81%.

EUR/USD encerrou a sessão de sexta-feira em 1,3877, em alta de 0,12% no dia. No início da sessão, o par subiu tão até 1,3915, o nível mais forte desde o final de outubro de 2011. Na semana, o par avançou 1,03%.

Os fortes ganhos do euro surgiram uma vez que diminuíram as expectativas de mais flexibilização monetária por parte do Banco Central Europeu (BCE) depois que o banco se absteve de contrair a política monetária na reunião de quinta-feira, dizendo que as condições econômicas não suportam tal ação.

O presidente do BCE, Mario Draghi, disse que os últimos dados econômicos indicaram que a recuperação econômica na zona do euro está progredindo, e acrescentou que o banco estava pronto para tomar novas medidas, se necessário.

Um relatório do BCE divulgado na sexta-feira mostrou que os bancos da zona do euro estão programados para pagar uma grande parte de seus empréstimos de emergência de três anos na próxima semana.

Na sexta-feira, o euro atingiu uma alta de dois meses em relação ao iene, com EUR/JPY saltando para altas de 143,79, antes de se estabilizar em 143,29, subindo 0,30%.

Em outros lugares, o dólar norte-americano subiu em relação ao dólar canadense após um relatório inesperadamente fraco sobre o emprego no Canadá em fevereiro.

O Statistics Canada informou que a economia perdeu inesperadamente 7.000 empregos no mês passado, confundindo as expectativas de um crescimento de 15.000. A taxa de desemprego permaneceu inalterada em 7,0%.

USD/CAD atingiu altas de 1,1101, e encerrou a sessão de sexta-feira em 1,1085, em alta de 0,96% no dia.

Nesta semana, os anúncios de taxa por parte do Banco do Japão e do Banco da Reserva da Nova Zelândia serão atentamente observados. Os EUA devem publicar dados sobre as vendas do varejo e o sentimento do consumidor que serão atentamente observados.

Antecipando-se à próxima semana, a Investing.com compilou uma lista desses e de outros eventos significativos que podem afetar os mercados.

Segunda-feira, 10 de março

O Japão deve divulgar dados sobre as transações correntes e dados revistos sobre o crescimento econômico do quarto trimestre.

Na zona euro, a França deve produzir dados sobre a produção industrial.

A Suíça deve publicar dados sobre as vendas no varejo, um indicador do governo para os gastos dos consumidores, que representa a maior parcela da atividade econômica geral do país.

Terça-feira, 11 de março

A Austrália deve produzir dados do setor privado sobre a confiança no ambiente de negócios.

O Banco da Japão deve anunciar sua taxa básica de juros e publicar sua declaração de política monetária, que delineia as condições econômicas e os fatores que afetam a decisão de política monetária. Deve haver uma coletiva de imprensa após o anúncio da taxa.

Na zona do euro, a Alemanha deve divulgar dados sobre a balança comercial, a diferença de valor entre importações e exportações.

O Reino Unido deve publicar dados sobre a produção manufatureira. Enquanto isso, o presidente do Banco da Inglaterra, Mark Carney, e diversos outros membros do comitê de política monetária devem se pronunciar sobre as projeções inflacionária e econômica perante o comitê do tesouro do parlamento.

Quarta-feira, 12 de março

A Austrália deve divulgar dados do setor privado sobre o sentimento do consumidor, bem como dados oficiais sobre os financiamentos de imóveis residenciais.

O Japão deve publicar seu índice BSI de manufatura e um relatório sobre a atividade no setor terciário.

O Reino Unido deve produzir dados sobre a balança comercial.

A zona do euro deve divulgar dados sobre a produção industrial.

O Banco da Reserva da Nova Zelândia deve anunciar sua taxa básica de juros e publicar sua declaração de política monetária, que delineia as condições econômicas e os fatores que afetam a decisão de política monetária. Deve haver uma coletiva de imprensa após o anúncio da taxa.

Quinta-feira, 13 de março

O Japão deve publicar dados sobre os pedidos brutos de maquinário. A China deve produzir dados sobre a produção industrial e investimento em ativos fixos.

A Austrália deve publicar dados sobre a alteração na quantidade de pessoas empregadas e taxa de desempregado, bem como um relatório do setor privado sobre as expectativas de inflação.

O presidente do Banco da Reserva da Nova Zelândia, Graeme Wheeler, deve se pronunciar perante o Comitê de Finanças e Gastos, em Wellington.

O BCE deve divulgar seu boletim mensal, que fornece uma análise detalhada das condições econômicas atuais e futuras da perspectiva do banco.

Os EUA devem divulgar dados sobre as vendas no varejo e preços de importação, além do relatório semanal do governo sobre os pedidos novos de seguro desemprego.

Sexta-feira, 14 de março

O Banco do Japão deve publicar a ata da sua reunião de política monetária, que contém informações valiosas sobre as condições econômicas do ponto de vista do banco.

A Suíça deve divulgar dados sobre o índice de preços ao produtor.

Os EUA devem resumir a semana com dados sobre o índice de preços ao produtor e dados preliminares emitidos pela Universidade de Michigan sobre o sentimento do consumidor.

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