O dólar avançou ante boa parte das moedas rivais e emergentes nesta quarta-feira, 8, em dia de agenda movimentada por falas de dirigentes do Federal Reserve (Fed), que reforçaram a necessidade de altas de juros até alcançar o controle da inflação.
No fim da tarde em Nova York, o dólar avançava a 131,42 ienes, o euro baixava a US$ 1,0716, e a libra tinha alta a US$ 1,2071. O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, caiu 0,02%, a 103,409 pontos. Ante emergentes, a moeda americana avança a 189,8571 pesos argentinos e a 18,9463 pesos mexicanos.
Na parte da manhã, investidores acompanharam falas da diretora Fed Lisa Cook e do presidente da distrital de Nova York, John Williams. Cook afirmou que os juros devem continuar subindo para trazer a inflação de volta à meta, enquanto Williams comentou que o banco central americano terá que manter uma postura restritiva por "alguns anos" para reduzir preços e realinhar oferta e demanda nos Estados Unidos.
À tarde, o presidente da distrital do Fed em Minneapolis, Neel Kashkari, declarou que espera juros básicos acima de 5% neste ano e que não descarta aumento ainda maior. Já o diretor do Fed, Christopher Waller defendeu a manutenção de uma postura rígida até a atividade desacelerar.
Em relatório a clientes, o Rabobank analisa que, com a indicação do Fed de que os juros não devem baixar até o próximo ano, o euro deve continuar limitado frente à divisa americana. "Mantemos nossa projeção de três meses para o EUR/USD euro ante dólar de US$ 1,06", afirma o banco.
O ING acredita que o balanço de riscos para o dólar aponta para o lado positivo, analisando que a correção dos ganhos da moeda americana ainda tem espaço para percorrer. "Contudo, duvidamos que isso se torne uma tendência sustentada de alta daqui para frente", avalia o banco, observando que os dirigentes do Fed indicam que precisam de mais evidências para mudar sua política de aperto monetário.