O dólar fechou sem uma direção única nesta sexta-feira, 11, após o índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) dos EUA em setembro reforçar a chance de corte de 25 pontos-base nos juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) na reunião de novembro. Na semana, porém, o dólar avançou contra iene, libra e dólar, diante do aumento de apostas por um ciclo de flexibilização mais comedido na maior economia do mundo.
O índice DXY, que mede a variação da moeda americana ante uma cesta de pares fortes, fechou perto da estabilidade, em queda de 0,10%, a 102,890 pontos. O dólar se valorizava a 149,12 ienes às 16h50 (de Brasília). O euro rondava a estabilidade, a US$ 1,0940, enquanto a libra era cotada em alta, a US$ 1,3072.
O PPI dos EUA permaneceu estável em setembro ante agosto, segundo pesquisa divulgada pelo Departamento do Trabalho do país. Analistas consultados pela FactSet previam alta de 0,1% no período. Na comparação anual, houve acréscimo de 1,8% em setembro - a projeção dos analistas apontava para aumento de 1,6%.
Com isso, o mercado aumentou as apostas para um ciclo modesto de flexibilização monetária pelo Fed este ano. Por volta das 17 horas (de Brasília), a ferramenta de monitoramento do CME Group mostrava que a probabilidade de manutenção dos juros pelo Fed no próximo mês caiu de 16,7% para 11,6% e as projeções de redução de 25 pb pra novembro avançaram de 83,3% a 88,4%.
Preocupações com o enfraquecimento da economia na zona do euro e a maior percepção de que os EUA podem ter um pouso suave levam especialistas internacionais entrevistados pelo Broadcast a avaliar que o euro tem uma perspectiva de perda de força gradual ante o dólar até o fim de 2025.
Outro fato que pode influenciar nessa redução é a eleição presidencial americana, uma vez que investidores internacionais tendem a ficar mais cautelosos às vésperas do pleito e aumentam as compras de títulos do Tesouro norte-americano.