O dólar operou perto da estabilidade ente rivais, em dia marcado pela divulgação do índice com gastos de consumo (PCE, na sigla em inglês) nos Estados Unidos, que veio dentro da expectativa e impulsionou perspectivas para cortes do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) em alguma das próximas reuniões. Além disso, o debate presidencial no país foi acompanhado. Na zona do euro, a política também é foco, com a divulgação das últimas pesquisas antes do primeiro turno das eleições parlamentares na França.
No fim da tarde em Nova York, o dólar subia a 160,84 ienes, o euro avançava a US$ 1,0713 e a libra tinha baixa a US$ US$ 1,2640. O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, às 17h30 (horário de Brasília) registrava baixa de 0,02%, a 105,882 pontos.
O mercado vê chance maior para início dos cortes de juros pelo Fed em setembro e ampliou probabilidade de redução acumulada de 50 pontos-base (pb) em 2024, após divulgação do PCE. O indicador é a medida preferida de inflação do BC americano e veio praticamente em linha com as expectativas. A presidente do Fed de São Francisco, Mary Daly, afirmou hoje que o índice foi uma "boa notícia" e veio "conforme o esperado", mostrando desaceleração inflacionária.
O ING avalia que uma eventual gestão do ex-presidente Donald Trump pode ser mais positiva para o dólar. O republicano se saiu melhor que o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, na visão de especialistas e espectadores, no primeiro debate das eleições presidenciais americanas, que acontecem em novembro.
Em pesquisa antes do primeiro turno nas eleições parlamentares francesas do instituto Ifop-Fiducial, os candidatos ao Reagrupamento Nacional (RN), partido liderado por Marine Le Len, seguem na liderança, sendo creditados com 36,5% das intenções de voto. O RN está, portanto, ainda à frente da Nova Frente Popular (NFP) com 29%, a união de partidos de esquerda, e do campo do presidente Emmanuel Macron, o Ensemble (20,5%). O ministro de Finanças da Alemanha, Christian Lindner, disse que pode ser ilegal para o Banco Central Europeu (BCE) intervir se a eleição legislativa na França desencadear uma venda massiva de títulos públicos do país. "Uma forte intervenção do BCE levantaria algumas questões econômicas e constitucionais", disse.
O ministro das Finanças do Japão, Shunichi Suzuki, disse que o governo tomaria as medidas apropriadas contra movimentos excessivos do iene, embora tenha se recusado a comentar se acha que o recente enfraquecimento do iene é excessivo. "Estou profundamente preocupado com os efeitos dos movimentos rápidos e unilaterais no mercado de câmbio sobre a economia", disse Suzuki em entrevista coletiva na sexta-feira. Ele acrescentou que a credibilidade do iene permaneceu ilesa.