O dólar oscilava perto da estabilidade ante seus principais pares globais nesta terça-feira, 29, mas com ganhos contra o iene em meio a instabilidade do governo japonês com perder da maioria parlamentar. A moeda norte-americana, por outro lado, recuava ante a libra, na véspera da divulgação do primeiro orçamento do recém-eleito governo do primeiro-ministro britânico, Keir Starmer.
O índice DXY, que mede a variação da moeda americana ante uma cesta de pares fortes, teve queda de 0,01%, a 104,305 pontos. O dólar se desvalorizava a 153,43 ienes perto das 16h50 (de Brasília). O euro subia a US$ 1,0817, enquanto a libra avançava a US$ 1,3006.
Segundo a Reuters, o Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês) deve evitar alterar sua política monetária ultraflexível no momento. Com a composição do futuro governo do Japão em mudança, a incerteza política pode forçar o BoJ a adiar o aumento das taxas de juros pelo menos até o final de 2024, segundo alguns analistas.
Nos EUA, o aumento nas expectativas por cortes de juros do Federal Reserve (Fed) em 2024, embora em ritmo modesto, pressionou a moeda americana. Conforme ferramenta de monitoramento do CME Group, a chance de uma redução acumulada de 50 pb pelo BC americano em 2024 subiu de 74,7% para 69,4%.
É provável que o dólar suba - pelo menos inicialmente - se o candidato republicano Donald Trump vencer a eleição presidencial dos EUA, afirma o MUFG Bank. Uma entrevista de Trump na semana passada sugere um risco maior de que ele implemente tarifas inflacionárias mais rapidamente do que fez durante seu primeiro mandato como presidente, diz Derek Halpenny, analista do MUFG, em uma nota. No entanto, o aumento de quase 4% do dólar em outubro sugere que isso já está sendo precificado e pode limitar os ganhos da moeda, ressalta ele.
No Reino Unido, há expectativa pela divulgação do orçamento. Hoje, a ministra das Finanças do Reino Unido, Rachel Reeves, reforçou compromisso com um postura para estimular o crescimento econômico do país.