O dólar mostrava leve alta no período da tarde desta terça-feira, 26, após oscilações contidas ante os principais pares ao longo da sessão, diante da ausência de catalisadores relevantes e com a aproximação do fim do primeiro trimestre. A moeda norte-americana voltou a ganhar terreno ante o iene japonês, além de sustentar um ganho marginal frente à libra esterlina e ao euro.
No fim da tarde em Nova York, o dólar subia a 151,54 ienes; o euro recuava a US$ 1,0833 e a libra era cotada em queda a US$ 1,2629. O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, registrava variação positiva de 0,08%, a 104,314 pontos.
Com a Sexta-feira Santa, vários mercados terão o último dia de negócios do trimestre na quinta-feira, antes da divulgação do índice de gastos com consumo (PCE, em inglês) em fevereiro, que está previsto para a sexta-feira. Medida de inflação preferida do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), o PCE é crucial para as expectativas de queda dos juros nos EUA.
O dólar demonstrava resiliência ao impacto do índice de confiança do consumidor nos Estados Unidos, que recuou de 104,8 em fevereiro (dado revisado hoje, de 106,7 antes calculado) a 104,7, informou o Conference Board.
A queda contrastou com a expectativa dos analistas ouvidos pela FactSet, que previam 107,0. Já encomendas de bens duráveis nos EUA subiram 1,4% em fevereiro ante janeiro, acima da expectativa de analistas consultados pela FactSet, que previam alta de 0,9%.
Para o ANZ, os dados de confiança coincidem com as evidências do início de 2024 de gastos mais cautelosos dos consumidores. "Se for sustentado, isso deverá apoiar um regresso a um maior equilíbrio entre a demanda e a oferta na economia, dada a predominância do consumo privado no crescimento", escreveram analistas do banco em nota. "O crescimento dos EUA continua a mostrar sinais de moderação no primeiro trimestre", completaram.
Do lado do euro, os investidores também assimilaram sinalizações divergentes. Na Alemanha, o índice GfK de confiança do consumidor para abril subiu para -27,4 pontos, superando as expectativas. Por outro lado, a S&P Global rebaixou sua projeção para o crescimento da zona do euro pelos próximos três anos, mas prevê que a região alcançará o pouso suave desejado pelo Banco Central Europeu (BCE) com desaceleração da inflação e do emprego.
*Com informações da Dow Jones Newswires