O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, chegou a subir em parte do dia, com investidores à espera de mais elevação de juros nesta semana pelo Federal Reserve (Fed, o banco central americano). O sinal, porém, inverteu, em sessão volátil, com o dólar ajustando um pouco dos ganhos recentes. Além disso, o peso argentino caiu no mercado oficial, mas ficou estável no paralelo, após o Fundo Monetário Internacional (FMI) anunciar acordo no nível de staff sobre a segunda revisão do pacote de ajuda à Argentina.
No fim da tarde em Nova York, o dólar avançava a 143,23 ienes, o euro subia a US$ 1,0026 e a libra tinha alta a US$ 1,1436. O índice DXY registrou baixa de 0,02%, a 109,737 pontos.
Há ampla expectativa entre investidores e analistas de que o Fed elevará os juros em 75 pontos-base nesta quarta-feira, com alguns citando a possibilidade de uma alta maior, de 100 pontos-base. O aperto monetário dos EUA tende a apoiar o dólar, mas a decisão desta semana parece em grande medida já incorporada aos valores do câmbio.
O Goldman Sachs (NYSE:GS) afirma em relatório, de qualquer modo, que o dólar deve seguir forte "até que o pico nas taxas seja atingido". A libra, por sua vez, se fortaleceu em semana de decisão do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês). O BBH comenta que ele deve manter o aperto, conforme a inflação continua a avançar no Reino Unido.
Entre moedas de países emergentes, o dólar avançava a 144,4083 pesos argentinos, no horário citado. No mercado paralelo, o dólar blue operava estável, em 277 pesos, segundo o jornal Ámbito Financiero. Hoje, o FMI informou sobre o acordo no nível do staff da segunda revisão do pacote para a Argentina. Com o aval do comando do Fundo, isso significará um desembolso de US$ 3,9 bilhões para o país.