Paris, 30 mai (EFE).- O Monaco vai disputar no próximo ano a segunda divisão francesa após 35 anos consecutivos na elite do futebol francês, nos quais construiu uma das trajetórias mais sólidas.
Sete anos depois de ter disputado a final da Liga dos Campeões e 11 após ganhar seu último campeonato francês, a equipe do Principado concretizou seu rebaixamento.
O Monaco cai para a segunda divisão apesar ter um dos orçamentos mais elevados da primeira, assentado no investimento que grupos do Principado fizeram ao clube que dava a eles visibilidade internacional.
Seu futuro parece certo. O príncipe Albert garantiu que não haverá problemas para continuar no mundo do futebol, mas alertou que "haverá de começar do zero", em uma clara advertência contra a má sequência dos últimos anos.
Financeiramente, tudo aponta que o Monaco será o clube mais rico da segunda divisão, para tratar de reeditar o que ocorreu na temporada de 1976/1977, a última em que perdeu a categoria, embora só tenha durado um ano na segundona.
Mas também é certo que o Monaco deverá apertar o cinto, porque é pouco provável que longe da primeira divisão possa manter os 47 milhões de euros de orçamento deste ano.
Para isso, é imprescindível que se desfaça de alguns de seus jogadores.
O goleiro Stéphane Ruffier, que aos 24 anos tem contrato até 2013, pode partir por 8 milhões de euros, segundo a imprensa, enquanto o sul-coreano Park Chu-young, está avaliado em 6 milhões de euros.
Outros jogadores, mais jovens e promissores, como o camaronês Nkoulou, engrossariam mais as cofres da formação, mas privariam de um de seus principais ativos para conseguir a ascensão.
No banco tudo aponta que não haverá mudanças e que Laurent Banide seguirá à frente da equipe. Privado de estrelas, o técnico deverá apoiar-se nas bases, um dos ativos de um clube que acaba de ganhar a Copa Gambardella, um troféu reservado aos menores de 18 anos.
Para completá-lo, os gerentes da entidade estão sondando a possibilidade de chegarem novos investidores.
Dois grupos estrangeiros com sede social no Principado expressaram disposição de contribuir financeiramente à entidade, embora a entrada de novos investidores sempre é complicada porque o Palácio conserva a metade do capital e todo a margem de lucro. EFE