Morre aos 82 anos o traficante de armas "mercador da morte"

Publicado 07.10.2011, 21:33
Atualizado 07.10.2011, 22:23

Miami, 7 out (EFE).- O traficante de armas libanês Sarkis Soghanalian, conhecido como "mercador da morte" por fornecer armas durante anos a países como Iraque, Mauritânia, Nicarágua, Argentina e Equador, morreu aos 82 anos em um hospital de Miami (Estados Unidos) por insuficiência cardíaca.

O funeral de Soghanalian foi realizado em uma capela mórmon de Miami nesta sexta-feira. Nascido na Turquia, ele tinha nacionalidade libanesa e vivia nos Estados Unidos.

O "mercador da morte", que falava cinco idiomas, morreu na quarta-feira em um hospital da cidade de Healeah, no condado de Miami-Dade, informou seu filho, Garo Soghanalian, à imprensa local.

A truculenta trajetória daquele que foi considerado o maior traficante de armas do mundo nos anos 1980 inspirou o personagem de Nicolas Cage no filme "O Senhor das Armas", de 2005.

Na década de 1990, foi condenado nos EUA a mais de seis anos de prisão por vender helicópteros de combate e material de guerra ao líder iraquiano Saddam Hussein, mas depois teve a pena reduzida por delação premiada, ao fornecer informações sobre contrabando no Líbano.

Embora tenha sido detido em várias ocasiões, o período mais longo que passou na prisão foi de dois anos, destacou nesta sexta-feira o jornal "The Miami Herald".

Estabelecido em Miami, de onde coordenava seu negócio de armas, ficou conhecido na cidade também por seu elevado nível de vida. Em 1982, ele quis doar um gorila ao zoológico municipal, que não a aceitou porque Soghanalian se negou a explicar a procedência do animal, lembra o site local "News Time".

Ele próprio contou sua história em um programa de televisão americano e sempre destacou o fato de ter trabalhado em estreita colaboração com a CIA - agência de inteligência dos Estados Unidos.

"É um desses personagens que surgiram da Guerra Fria e que exerceu um papel fundamental nas atividades clandestinas em nome dos EUA", explicou ao jornal "The New York Times" o professor da Universidade de Berkeley (Califórnia) Lowell Bergman, que elaborou relatórios sobre Soghanalian para o programa "Frontline", da emissora "PBS", e para o "60 Minutes", da "CBS". EFE

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