Washington, 15 fev (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, reiterou nesta quarta-feira que não permitirá práticas de concorrência desleal no comércio com a China, um dia depois de ter se reunido em Washington com o vice-presidente chinês, Xi Jinping.
"Não ficarei parado se nossos concorrentes não seguirem as regras", disse Obama durante um ato eleitoral em Milwaukee, onde visitou uma fábrica de fechaduras para destacar a importância da indústria manufatureira na recuperação econômica dos EUA.
Para Obama, "não é justo" que os fabricantes estrangeiros tenham "vantagem" sobre os americanos "somente porque estão fortemente subvencionados".
O presidente aludiu assim, mais uma vez, à percepção que os americanos têm de que a cotação do iuane é mantida em baixa de forma artificial, o que beneficia às exportações chinesas.
Em janeiro Obama anunciou a criação de uma unidade governamental para investigar as práticas de comércio desleal em países como a China.
Enquanto isso, os pré-candidatos presidenciais republicanos, entre eles o ex-governador Mitt Romney, prometem sancionar à China por suas práticas comerciais ilegais se chegarem à Casa Branca e atacam Obama por não estar fazendo o suficiente a respeito.
Após receber ontem na Casa Branca o vice-presidente chinês, que deve suceder o atual presidente, Hu Jintao, nos próximos meses, Obama afirmou que quer colaborar com Pequim para adotar "as mesmas regras de jogo" no que diz respeito à economia mundial.
"Isso quer dizer que exista um fluxo comercial equilibrado não só entre EUA e China, mas no mundo inteiro", sustentou Obama na ocasião. EFE