Seul, 12 nov (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, negou nesta sexta-feira que a decisão do Federal Reserve (Fed, banco central americano) de injetar US$ 600 bilhões na economia tenha como objetivo desvalorizar o dólar, mas sim fomentar o crescimento da economia.
Obama concedeu entrevista coletiva ao término da cúpula do G20, que foi encerrado após dois dias de debates em Seul com uma carta de apelo para que os países "se abstenham" de praticar desvalorizações competitivas de seus moedas, origem da chamada "guerra de divisas" das últimas semanas.
A decisão do Fed, na semana passada, gerou uma série de críticas internacionais, já que poderia derrubar a cotação do dólar, o que prejudicaria as exportações de seus países concorrentes.
As críticas aumentaram depois que o ex-presidente do Fed Alan Greenspan publicou uma coluna na quinta-feira no jornal "Financial Times" na qual indicava que "os EUA também seguem uma política de desvalorização da moeda".
Obama havia tentado tranquilizar os mercados em entrevista coletiva na quinta-feira junto ao presidente sul-coreano, Lee Myung Bak, na qual assegurou que "de maneira prudente e estável" quer "encorajar o crescimento na economia nacional e no exterior".
"A melhor contribuição ao crescimento global que os EUA podem dar é uma economia sólida. Continuamos a ser o maior mercado do mundo e um imenso motor de crescimento", declarou, na ocasião. EFE