OCDE prevê contração de 0,8% no PIB do Brasil para 2009

Publicado 14.07.2009, 14:00

Brasília, 14 jul (EFE).- A Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) prevê que a economia do Brasil cairá 0,8% este ano, com crescimento de 4% para o ano que vem, segundo um relatório bienal apresentado hoje.

O secretário-geral da OCDE, Ángel Gurría, destacou que o Brasil poderá retomar o rumo do crescimento em 2010 graças às suas políticas de estímulo e à gestão prudente das finanças públicas, que permitiram resistir à crise "melhor que muitos outros países".

"As políticas prudentes permitiram ao Brasil responder à crise global com medidas anticíclicas, o que significa utilizar as economias dos bons tempos como apoio quando a situação estiver ruim", disse Gurría, ao apresentar o relatório em Brasília.

O Brasil se encontra em uma recessão técnica, após acumular contrações de 3,6% no último trimestre de 2008 e de 0,8% no primeiro deste ano.

Gurría informou que, segundo o relatório, ainda há espaço para reduções mais profundas na taxa básica de juros, o que estimularia a economia. Contudo, ele alertou que novas medidas poderiam ser contraproducentes, a menos que a economia continue desacelerando.

O Banco Central vem reduzindo a taxa de juros desde janeiro. De 13,75%, ela passou para 9,25% - a menor na história.

No primeiro semestre do ano, a inflação acumulada foi de 2,57%, número que está dentro da meta de 4,5% do Governo.

O relatório aponta que o "maior desafio" do Brasil será conter o aumento do gasto público se as medidas sociais a longo prazo forem asseguradas.

A OCDE recomendou que o gasto público, que em 2008 chegou a 32,5% do PIB, destine mais fundos ao desenvolvimento de infraestruturas, e que o Governo dê atenção à relação entre custo e efeito dos programas públicos, incluindo os da área social.

A organização também pediu que seja iniciada uma reforma tributária que ajude a recuperar a economia, impulsione a iniciativa empresarial e coloque fim às políticas industriais "depredadoras" entre os Governos estaduais.

Entre as propostas da OCDE, destaca-se a unificação dos impostos indiretos entre os estados, a simplificação dos diversos sistemas tributários que taxam os lucros empresariais e a redução dos encargos aos assalariados. EFE

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