Bangcoc, 19 de jun (EFE).- A ONG conservacionista Traffic acusou
nesta sexta-feira a Tailândia de ter o maior mercado ilegal de
marfim da Ásia, apesar das promessas das autoridades de combater
esse crime.
"A Tailândia é um dos cinco países do mundo com maior tráfico de
marfim ilegal, mas as autoridades não parecem tomar medidas sobre o
assunto", assinalou em comunicado o pesquisador Tom Miliken.
Durante um estudo realizado entre 2006 e o 2008, a ONG detectou
neste país cerca de 26 mil peças fabricadas a partir de marfim
ilegal, mas admitiu que o tráfico caiu desde a última pesquisa, de
2001, quando foram encontradas 88 mil peças.
"O tráfico ilegal de elefantes vivos e de marfim ainda prospera
na Tailândia", indicou a Traffic em seu relatório de 73 páginas.
A ONG pediu às autoridades tailandesas que "fechem os buracos do
tamanho de um elefante" em suas leis protetoras da natureza, que
permitem o contrabando de presas de elefante alegando que provém de
paquidermes domésticos.
O documento aconselhou Bangcoc a elaborar uma base de dados
digitalizada sobre o material genético dos elefantes domésticos para
acabar com o tráfico ilegal.
Segundo a legislação tailandesa, a posse e venda de marfim destes
paquidermes é legal, pois só é proibido o comércio dos selvagens.
A Traffic é um grupo de ecologistas formado pela União
Internacional para a Conservação da Natureza, o Fórum Mundial para a
Natureza (WWF) e outras organizações científicas. EFE