Buenos Aires, 19 fev (EFE).- O petróleo e o gás figuram entre os
setores industriais que centrarão a primeira etapa de trabalho para
avançar no processo de integração produtiva entre Argentina e
Brasil, acordaram hoje funcionários de ambos os países reunidos em
Buenos Aires.
Nesta primeira fase, os Governos dos dois países incluíram oito
setores industriais de atividades estratégicas, como o petróleo e o
gás, autopeças, aeronáutica e maquinaria.
Além disso, esta primeira fase é integrada por setores
"sensíveis", como madeira e móveis, linha branca (frigoríficos,
fogões e lavadoras), vinhos e lácteos, explicou o Ministério
argentino de Indústria em comunicado.
A reunião, liderada pelo secretário argentino da Indústria e
Comércio, Eduardo Bianchi, com o colega brasileiro da secretaria de
Comércio Exterior, Welber Barral, permitiu uma agenda comum.
Estas reuniões seguem ao já previsto pela ministra argentina de
Indústria e Turismo, Débora Giorgi, e seu colega brasileiro, Miguel
Jorge, no encontro que mantiveram os primeiros dias deste mês em
Buenos Aires, no qual concordaram na necessidade de acelerar o
trabalho conjunto para desenvolver uma "real integração produtiva".
Ao término do encontro de nesta sexta-feira, Bianchi afirmou que
a integração produtiva "não é um tema novo na agenda bilateral", mas
destacou que avançou "como nunca antes para conseguir que alcançar
questões palpáveis" para os setores produtivos de ambas as nações.
Barral, por sua vez, afirmou que estão "decididos a avançar com
fatos e isso é um dado promissor para os países".
A agenda comum que estabeleceram nestas reuniões inclui reuniões
dos Governos com as câmaras empresariais dos dois países, "para
divulgar o leque de oportunidades que se abre a partir do
aprofundamento de políticas que permitam a integração produtiva".
Os funcionários voltarão a se reunir em meados de março, em um
encontro que coincidirá com uma nova reunião da Comissão de
Monitoração de Comércio, que será realizada antes da chegada à
Argentina do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, prevista para os
últimos dias do mês. EFE