Londres, 2 dez (EFE).- As novas tecnologias, que possibilitam os
contadores inteligentes e as teleconferências, poderiam reduzir as
emissões atmosféricas de CO2 em até 20%, segundo o novo presidente
da companhia petrolífera britânica BP, o sueco Carl-Henric Svanberg.
Na opinião dele, este tipo de tecnologia, incluindo as redes
elétricas inteligentes, tem condições de cumprir um papel importante
na luta contra o aquecimento do planeta ao diminuir o desperdício
energético e as viagens em diferentes meios de transporte.
"O PIB (Produto Interno Bruto) mundial vai triplicar daqui até o
ano de 2050 e se seguirmos no ritmo atual, isso significará três
vezes o consumo energético e também o triplo de emissões de CO2
atuais", diz Svanberg em entrevista ao jornal "The Times".
"Não podemos seguir vivendo como fizemos até agora e
multiplicá-lo por três. É preciso encontrar uma maneira mais
inteligente de mudar a situação", afirma o empresário, que até final
do ano ficará à frente da companhia Ericsson.
Segundo Svanberg, uma das coisas que podem ajudar é a instalação
nas casas de contadores inteligentes para medir em tempo real a
energia consumida.
Ele disse também que as teleconferências e o homework poderiam
contribuir para uma importante redução das viagens de avião, trem e
na estrada.
"Seguimos viajando pelo mundo para reuniões, mas é possível
substituir muitas dessas viagens por teleconferências", sugere.
As declarações do presidente da BP sobre possíveis economias
domésticas de energia coincidem com o anúncio do Governo britânico
de um plano pelo equivalente de 9,9 bilhões de euros para introduzir
contadores inteligentes nos 26 milhões de lares britânicos até 2020.
Os contadores permitirão às companhias elétricas melhorar a
eficiência energética mediante acordos com os consumidores para
baratear a energia consumida em determinadas horas do dia,
semelhantes aos que oferecem agora as companhias telefônicas.
Quem utilizar as máquinas de lavar pratos e lavadoras durante a
noite será recompensado, permitindo diminuir o número de centrais
elétricas necessárias no país. EFE