Rio de Janeiro, 31 ago (EFE).- A produção industrial brasileira
cresceu 0,4% em julho com relação a junho, após três meses
consecutivos de queda em comparação com o mês imediatamente
anterior, informou hoje o Governo.
O aumento em julho indica que a economia brasileira voltou a
crescer no terceiro trimestre após ter desacelerado no segundo,
depois de uma expansão recorde no primeiro.
Pelos dados divulgados hoje pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE), além de ter crescido 0,4% frente a
junho, a produção fabril do país em julho subiu 8,7% na comparação
com o mesmo mês de 2009, quando a economia ainda sofria os efeitos
da crise global.
Com a reação de julho, a produção industrial nos primeiros sete
meses do ano acumulou uma expansão de 15% frente ao mesmo período de
2009, em tanto que a dos últimos 12 meses até julho aumentou 8,3% em
comparação com o período de agosto de 2008 a julho de 2009.
Para o IBGE, os resultados de julho confirmam a trajetória
ascendente que a produção industrial do país iniciou em outubro de
2009, que permitiram reverter as perdas acumuladas com a crise.
Dos 76 setores industriais analisados no relatório, 57
registraram aumentos da produção em julho com relação ao mesmo mês
do ano passado, assim dos 65% dos produtos estudados.
A expansão foi impulsionada principalmente pelo setor de veículos
automotores, cuja produção subiu 26,5%, seguido pela metalúrgica
básica (19,5%), alimentos (7,3%), máquinas e equipamentos (14,5%),
extração mineral (10,1%) e refino de petróleo e produção de etanol
(6,9%).
Os produtos cuja fabricação mais cresceu em julho com relação ao
mesmo mês do ano passado foram caminhões, tratores, automóveis,
vigas de aço, açúcar refinado, suco de laranja, minério de ferro,
diesel, etanol e gasolina.
Os setores que mais recuaram sua produção na mesma comparação
foram os de máquinas para escritórios e equipamentos de informática,
com uma queda de 15,4%, e edição e impressão, com baixa de 6,9%.
Pelas projeções dos economistas, a indústria será um dos
principais impulsores do crescimento de perto de 7% previsto para a
economia brasileira neste ano. EFE