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Produção industrial se contraiu em agosto, mas acumula alta de 14,1%

Publicado 01.10.2010, 14:01
Atualizado 01.10.2010, 15:00

Rio de Janeiro, 1 out (EFE).- A produção industrial brasileira se contraiu em agosto 0,1% em relação a julho, mas acumulou uma expansão de 14,1% nos primeiros oito meses do ano em relação ao mesmo período de 2009, informou hoje o Governo.

Apesar de ter sido ligeiramente inferior à de julho, a produção das fábricas brasileiras em agosto foi 8,90% superior à do mesmo mês do ano passado, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A retração em agosto volta a colocar em dúvida a atual tendência do setor,porque a produção tinha crescido em julho 0,6% frente a junho, após três meses consecutivos de queda na comparação com o mês imediatamente anterior.

Apesar dos economistas considerarem que a produção tinha voltado a crescer no terceiro trimestre do ano após a desaceleração do segundo e esperavam uma expansão em agosto, o resultado contradisse suas previsões.

O crescimento de 8,9% na comparação com agosto do ano passado permitiu que o país completasse dez meses consecutivos de expansão nesta comparação, e que a produção acumulasse este ano até agosto um crescimento de 14,1%.

A produção nos últimos 12 meses até agosto acumulou um crescimento de 8,3% frente à registrada entre setembro de 2008 e agosto de 2009, precisamente o período em que o Brasil sofreu os piores efeitos da crise econômica global.

A indústria foi o setor mais afetado pela crise no Brasil, já que ficou sem fontes de crédito e enfrentou uma forte queda da demanda externa, mas é também o que vem impulsionando o crescimento econômico do país este ano.

O Banco Central (BC) prevê que o Brasil crescerá este ano 7,3%, sua maior expansão em 24 anos, graças à produção industrial que acumulará aumento de 10,9%.

Segundo os dados divulgados pelo IBGE, 16 dos 27 setores analisados registraram uma contração da produção em agosto frente a julho, liderados por metalurgia básica (5,8%), refino de petróleo e produção de etanol (3,6%) e farmacêutica (5,5%).

Na comparação com agosto do ano passado, 22 dos 27 setores analisados registraram crescimento da produção, assim como 68% dos 755 produtos estudados.

As fábricas que mais aumentaram sua produção frente a agosto do ano passado foram as de veículos automotores (27,2%), máquinas e equipamentos (20,7%), alimentos (9,5%), extrativistas (10,7%), metalurgia básica (9,9%) e produtos de metal (18,5%). EFE

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