Manágua, 20 ago (EFE).- A Frente Sandinista de Libertação Nacional (FSLN) e a oposição nicaraguense, dividida em quatro frentes, iniciaram neste sábado a campanha para as eleições gerais do dia 6 de novembro.
Para as eleições presidenciais e parlamentares, se apresentam cinco coalizões e partidos que disputarão os votos de 3,3 milhões de nicaraguenses convocados às urnas.
O presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, que busca a reeleição, no meio de protestos da oposição que denúncia a inconstitucionalidade de sua candidatura, fez um apelo para a população votar nas próximas eleições.
Também prometeu que seu Governo aprovará a presença, "sem nenhuma limitação", de todos os organismos internacionais interessados em observar esses pleitos e que ninguém será expulso deste país por criticar o processo eleitoral.
Ortega, que lidera a intenção de votos, segundo as enquetes, busca se manter no poder por cinco anos mais, apesar de existir uma norma constitucional que proíbe a reeleição imediata, que, no entanto, foi declarada inaplicável por magistrados governistas da Corte Suprema de Justiça.
O líder sandinista disputará a Presidência contra quatro candidatos da oposição, dentre eles Arnoldo Alemán, da aliança que lidera o Partido Liberal Constitucionalista (PLC).
Além do empresário de rádio e deputado do Parlamento Centro-Americano (Parlacen), Fabio Gadea.
Gadea, que está em segundo lugar nas intenções de voto, prometeu baixar os impostos, construir um porto de águas profundas e manter a cooperação com a Venezuela.
Também disputam o deputado liberal dissidente e ex-dirigente da "Contra" Enrique Quiñónez, pela Aliança Liberal Nicaraguense (ALN), e o acadêmico Roger Guevara por uma coalizão de pequenos partidos liderada pela Aliança pela República (APRE).
Nessas eleições, cerca de 3,3 milhões de nicaraguenses, em sua maioria jovens entre 16 e 35 anos, elegerão para um período de cinco anos o próximo presidente e vice-presidente, 90 deputados ao Congresso e 20 ao Parlacen. EFE