Londres, 12 ago (EFE).- Um homem foi detido por envolvimento com
o roubo de joias no valor de 40 milhões de libras (46,7 milhões de
euros) da filial da joalheria Graff Jewellers no exclusivo bairro de
Mayfair, no centro de Londres, informou hoje a Scotland Yard
(Polícia metropolitana de Londres).
O suspeito, de 50 anos, foi capturado no leste da capital do
Reino Unido na segunda-feira, mas foi posto em liberdade condicional
após o pagamento de uma fiança, explicou a Brigada Móvel da Scotland
Yard, divisão encarregada da investigação.
Um porta-voz policial esclareceu que a detenção não foi divulgada
antes por "razões operacionais".
O assalto, cuja quantia supera as 23 milhões de libras (cerca de
27 milhões de euros) roubadas do mesmo estabelecimento em 2003,
representa o segundo maior roubo cometido na história do crime no
Reino Unido.
Vestidos de terno e gravata, os criminosos assaltaram a Graff
Jewellers de Mayfair a mão armada na última quinta-feira. Ontem, a
Polícia divulgou imagens do ocorrido registradas pelas câmeras de
vigilância.
Os ladrões - dois homens de mais de 30 anos, com sotaque londrino
e descritos como "muito perigosos" pela Polícia - chegaram à loja,
localizada na rua New Bond Street, em um táxi preto e ameaçaram os
funcionários.
Os assaltantes deram um tiro para baixo ao fugir da joalheria com
43 artigos de luxo, mas ninguém ficou ferido, e foram embora em
vários automóveis de forma sucessiva, pois primeiro entraram em um
BMW, que trocaram depois por um Mercedes prateado.
Os ladrões ainda usaram um terceiro veículo, possivelmente um
Ford Galaxy negro ou um Volkswagen Sharan, antes que seu rastro se
perdesse pelas ruas de Londres.
"Isso foi um roubo bem planejado com o uso de vários veículos
para ajudar os ladrões a escapar", disse a detetive-chefe da brigada
móvel da Scotland Yard, Pam Mace.
Ressaltou que "estes homens são muito perigosos e atiraram pelo
menos duas vezes nas movimentadas ruas de Londres durante a fuga".
Segundo a Polícia, o assalto à Graff é o segundo maior roubo da
história do Reino Unido, depois do cometido por uma quadrilha que,
em 2006, levou 53 milhões de libras (cerca de 62 milhões de euros)
de um armazém da empresa de segurança Securitas em Kent, no sul da
Inglaterra. EFE